O local possuía capacidade para produzir 200 quilos da droga por dia
Em Galícia, na Espanha, autoridades encerraram nesta sexta-feira, 14, as operações clandestinas daquele que se mostrou como o maior laboratório de cocaína de toda a Europa. O local era gerido por uma quadrilha internacional de narcotráfico que possuía métodos "sofisticados" de gerir o comércio de droga.
O megalaboratório, localizado na província de Pontevedra, nunca parava suas atividades, com seus 'cozinheiros' trabalhando em turnos 24 horas por dia para transformar a pasta-base em cloridrato de cocaína pronto para consumo", afirmou a Polícia Nacional da Espanha em um comunicado ao público.
O grupo de trabalhadores responsáveis pela produção da substância narcótica era constituído por homens de nacionalidade mexicana e colombiana, conforme repercutiu o The Guardian. Juntos, eles eram capazes de produzir até 200 quilos de droga por dia. Haviam ainda funções dentro da gangue que eram executadas por cidadãos espanhóis.
Vale mencionar ainda que, além do fechamento do laboratório, onde foi possível apreender 151 quilos de cocaína, as autoridades espanholas prenderam 18 pessoas envolvidas com o esquema de narcotráfico.
A organização criminosa agora desmantelada era altamente sofisticada e seus membros – cujas diferentes funções eram bem regradas – empregavam fortes medidas de segurança, como o uso de pseudônimos, veículos que serviam de isca, disfarces de caminhoneiros e uso de um rígido protocolo de comunicação", explicou ainda o comunicado.
Dentro do laboratório, os oficiais ainda descobriram uma infraestrutura surpreendente, que contava com refrigeradores industriais, além do prédio ser bem dividido entre as zonas de "processamento, separação, secagem e embalagem da cocaína", também segundo o The Guardian.
Outro detalhe importante é que, como resultado do processamento do narcótico, seriam gerados vários quilos de produtos químicos indesejados que eram então despejados em um rio próximo, provocando a poluição ambiental da região. Assim, a operação policial foi comemorada não apenas por abalar as atividades nacionais de narcotráfico, mas por impedir maiores estragos à fauna e flora locais.