Instrumento centenário que estava pendurado na parede da cabine do navio, durante a expedição final do explorador à Antártica, continua funcionando
Lendário explorador anglo-irlandês, Ernest Shackleton morreu em janeiro de 1922, por suspeita de insuficiência cardíaca, durante uma expedição à Antártida. Na época, ele tinha apenas 47 anos.
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Mais de um século depois, o barômetro — instrumento científico de 12 centímetros que mede a pressão do ar — fixado na parede da cabine privada de Shackleton, no navio RYS Quest, será leiloado no fim deste mês e pode arrecadar até 8 mil libras (algo na casa dos R$51 mil).
Surpreendentemente, depois de todo esse tempo, o barômetro ainda funciona. O objeto foi retirado da embarcação pelo doutor Leonard Hussey — médico que tentou salvar Shackleton na sua cabine — como uma lembrança de Ernest.
Posteriormente, esclarece o Daily Mail, Hussey deu o dispositivo para um amigo chamado Major Woods. A peça foi colocada à venda por um de seus descendentes. O objeto será leiloado pela casa Henry Aldridge & Son.
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Esta peça única de memorabilia fornece uma ligação tangível não apenas com sua expedição final, mas também com os últimos momentos deste grande homem", disse o leiloeiro Andrew Aldridge ao veículo britânico.
O atual proprietário do barômetro está atualmente na casa dos 60 anos e diz se lembrar do objeto desde que era um menino, mas relatou que o mesmo estava "literalmente numa gaveta há 20 anos", segundo o porta-voz da casa. O leilão acontecerá em 27 de abril.