Entre as imagens, destaca-se a de um Xenorhinotherium bahiensis, uma espécie de lhama gigante que habitou o Brasil há 5 mil anos
Arqueólogos descobriram pinturas pré-históricas em paredões de pedra na zona rural de Ibotirama, cidade localizada no oeste da Bahia. Entre as diversas imagens, destacou-se a representação de um Xenorhinotherium bahiensis, uma espécie de lhama gigante que viveu no Brasil durante o período Pleistoceno, cerca de 5 mil anos atrás.
O Xenorhinotherium bahiensis fazia parte da megafauna, um grupo de animais de grande porte que coexistiu com os seres humanos. A descoberta foi feita por equipes compostas por espeleólogos, técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e agentes do Corpo de Bombeiros, que também visitaram outras cidades na região, como Ipupiara, Brotas de Macaúbas, Oliveira dos Brejinhos e Muquém de São Francisco.
A expedição fora coordenada pelo espeleólogo AdmirBrunelli. As pinturas rupestres foram encontradas em rochas que podem ter até 5 mil anos de antiguidade.
O sítio arqueológico está situado próximo a torres de energia eólica, o que, segundo os técnicos, demanda medidas "urgentes" para a preservação das pinturas.
Em Muquém de São Francisco, os pesquisadores identificaram áreas de assentamentos indígenas e urnas funerárias. Eles acreditam que esses achados podem fornecer novas informações sobre o passado;
O principal desafio é encontrar formas de permitir visitas aos sítios arqueológicos sem comprometer sua preservação. No próximo sábado, 25, será realizada uma audiência pública no Colégio de Tempo Integral Professora Odontina Laranjeira de Souza, em Ibotirama. Durante a audiência, serão apresentados os dados coletados sobre a situação ambiental da região e os próximos passos a serem tomados.
Segundo g G1, todos os trabalhos realizados durante a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) resultam em relatórios técnicos, entregues aos órgãos competentes para serem tomadas as providências necessárias.