Durante um ano fora da Estação Espacial Internacional, a Deinococcus radiodurans foi exposta à radiação, frio extremo, ao vácuo do espaço e a microgravidade — e sobreviveu
Há décadas os seres humanos questionam a possibilidade de existir vida em outros planetas. O questionamento ainda permanece em aberto, no entanto, uma recente pesquisa realizada pela Universidades de Viena — que foi publicada pelo jornal Microbiome —, mostra uma bactéria que tem totais condições para tal feito: a Deinococcus radiodurans.
Conhecida por ser extraordinariamente resistente, conseguiu sobreviver durante um ano fora da Estação Espacial Internacional (ISS). De acordo com os pesquisadores, isso se deu por sua capacidade de se adaptar e resistir a condições adversas, o que os faz acreditar que esses organismos possam suportar viagens mais longas e distantes.
A pesquisa também reforça que por conta de sua resistência, esses microrganismos possam migrar entre outros planetas e, assim, ‘distribuir’ vida pelo universo.
Para se ter ideia das condições que a Deinococcus radiodurans foi submetida, nesse um ano na ISS ela foi exposta à radiação cósmica, frio extremo, ao vácuo do espaço e a microgravidade. O mais impressionante disso tudo é que a bactéria não sofreu nenhum dano significativo.
As únicas mudanças que sofreu foram mecanismos de adaptação para arrumar quaisquer irregularidades ocorridas durante esses processos de exposição. "Essas investigações nos ajudam a entender os mecanismos e processos pelos quais a vida pode existir fora da Terra, expandindo nosso conhecimento sobre como sobreviver e se adaptar no ambiente hostil do espaço sideral", explicou Tetyana Milojevic, autora do estudo.