Karima Baloch morava no Canadá desde 2015, após pedir asilo por não se sentir segura em seu país de origem
De acordo com informações publicadas nesta terça-feira, 22, pela BBC, a ativista do Paquistão, Karima Baloch, de 37 anos, foi encontrada sem vida em Toronto, no Canadá. A mulher estava desaparecida desde o último domingo, 20.
Karima ganhou notoriedade após agir ativamente contra os militares e o governo do Paquistão, trabalhando principalmente na área de Baluchistão, local conhecido pelos conflitos separatistas. Uma das primeiras figuras femininas a lutar contra o sistema de seu país, no ano de 2016, a paquistanesa esteve na lista das 100 mulheres inspiradoras, realizada anualmente pela BBC.
A ativista morava no Canadá desde o ano de 2015, a mulher pediu asilo no país após afirmar que estava em perigo no Paquistão. A polícia de Toronto não deu detalhes sobre as circunstâncias da morte de Baloch, apenas informou que seu corpo foi localizado.
Para a irmã da militante dos direitos civis no Paquistão, Mahganj Baloch, a morte de Karima representa um problema ainda maior do que uma perda familiar “não é apenas uma tragédia para a família, mas também para o movimento nacional Baloch", disse.
Através das redes sociais, a Anistia Internacional se pronunciou sobre o assunto, pedindo que medidas fossem tomadas. "A morte da ativista Karima Baloch em Toronto, Canadá, é profundamente chocante e deve ser investigada imediata e eficazmente”.