Um assentamento de 5.000 anos foi descoberto pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) em Hurvat Husham, próximo a cidade de Beit Shemesh
Um assentamento de 5.000 anos foi descoberto pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) em Hurvat Husham, próximo a cidade de Beit Shemesh, revelando traços iniciais de urbanização na região.
Conforme detalhado em comunicado, a escavação, realizada para a expansão da zona industrial local, revelou um edifício público possivelmente usado para rituais, contendo cerca de 40 vasos intactos, sugerindo funções simbólicas.
Próximo ao prédio, foi encontrado um complexo de grandes pedras monolíticas, sinalizando um espaço de culto público que evoluiu para um complexo fechado, além de dois fornos de cerâmica, que estão entre os mais antigos já descobertos em Israel.
As escavações também trouxeram à tona potes e jarras, além de pequenos recipientes que, pela aparência, parecem ter sido utilizados simbolicamente, em vez de terem um uso prático. Curiosamente, os arqueólogos descobriram esses objetos em suas posições originais, provavelmente deixados ali pelos habitantes do assentamento pouco antes de abandonarem o local.
O destino da sala após a colocação dos recipientes é desconhecido, mas há indícios de queimaduras e alguns vasos foram encontrados caídos uns sobre os outros. Os pesquisadores esperam que uma análise mais aprofundada dos conteúdos originais ajude a esclarecer o que ocorreu nesse espaço.
Em nota, Yitzhak Paz, especialista da Idade do Bronze Inicial da IAA, afirmou que a descoberta “é um dos indicadores do desenvolvimento da urbanização em Israel durante o início da Idade do Bronze”.
Durante este período, a região vivenciou um aumento populacional, a criação de uma sociedade hierárquica, a padronização de várias indústrias, a construção de edifícios públicos monumentais e um comércio comercial substancial com os vizinhos, repercute o site Live Science.
“A dimensão desta estrutura que descobrimos, as suas amplas paredes, os bancos no seu interior e outras variáveis indicam que se trata de uma estrutura importante e excepcional com função pública – talvez um templo. Quase não conhecemos edifícios públicos em Israel deste período antigo e anteriores. A comparação com os poucos edifícios conhecidos deste tipo produz a conclusão de que este é provavelmente um dos primeiros templos já descobertos nas terras baixas da Judéia”, afirmaram Ariel Shatil, Maayan Hamed e Danny Benayoun, diretores de escavação da IAA, em comunicado.
As descobertas foram apresentadas na 17ª Conferência sobre Descobertas em Arqueologia de Jerusalém e seus Arredores, nos dias 30 e 31 de outubro.