Segundo promotor George Gascón, pedido de clemência de Erik e Lyle os tornam 'candidatos ideais' à liberdade condicional
Os pedidos de liberdade condicional de Erik e Lyle Menendez ganharam força nesta quinta, 31, quando o Procurador do Condado de Los Angeles, George Gascón, enviou cartas ao governador da Califórnia, Gavin Newsom, expressando seu "forte apoio" ao pedido de clemência feito pelos irmãos.
As cartas mencionam "alegações credíveis" de abuso físico e sexual por parte do pai, o renomado executivo José Menendez. Gascón também enfatiza a "dedicação àreabilitação" dos irmãos, argumentando que esses fatores os tornam candidatos ideais à clemência.
"Durante seus 34 anos de encarceramento, os Menendez trabalharam arduamente para transformar sua vida", diz uma das cartas.
Lyle tinha 21 anos e Erik tinha 18 quando atiraram fatalmente contra seus pais, José e Kitty Menendez, em 1989. Hoje, os irmãos têm 56 e 53 anos, respectivamente.
Enquanto cumpria pena, Lyle conquistou um diploma de associado em sociologia pelo Southwestern College e, posteriormente, se formou na Universidade da Califórnia, Irvine, com um bacharelado.
Ele também criou quatro programas dentro da prisão para ajudar outros detentos e desenvolveu o boletim WIRE, que comunica assuntos do Conselho Consultivo de Inmates à população carcerária, conforme escrito por Gascón.
Erik, por sua vez, também obteve um diploma de associado em sociologia e foi aceito na Universidade da Califórnia. Em 2022, conquistou um Certificado de Proficiência em Linguagem de Sinais Americana pelo Southwestern College e também criou cinco programas prisionais, segundo Gascón.
Os irmãos foram considerados culpados em 1996, após um primeiro julgamento amplamente divulgado que terminou anulado. Erik e Lyle foram inicialmente sentenciados à prisão perpétua, sem direito à liberdade condicional.
Na semana passada, Gascón solicitou ao tribunal uma nova sentença para os irmãos, propondo 50 anos de pena pela acusação de dois homicídios em primeiro grau. Segundo a Lei da Califórnia, eles seriam elegíveis para liberdade condicional juvenil, já que eram menores de 26 anos na época do crime e já cumpriram 30 anos de prisão.
Gascón afirmou que considerou novas evidências relacionadas ao suposto abuso e se reuniu com familiares que pediram a libertação dos irmãos. Caso Newsom aprove o pedido de clemência, as sentenças podem ser reduzidas ou os irmãos podem ser libertos imediatamente.
Durante o julgamento, os advogados de defesa argumentaram que os irmãos agiram em legítima defesa, alegando que foram vítimas de abuso sexual por parte dos pais. Na época, os promotores descartaram as alegações.