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Notícias / Naufrágio

As teorias sobre o naufrágio de superiate de luxo na costa da Sicília

Mergulhadores buscam desaparecidos após superiate virar na Sicília, na Itália; veja o que se sabe sobre o episódio

Redação Publicado em 21/08/2024, às 14h13

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Navio da Guarda Costeira italiana é visto no local do naufrágio - Getty Images
Navio da Guarda Costeira italiana é visto no local do naufrágio - Getty Images

Mergulhadores continuam com as buscas por pessoas desaparecidas que estavam a bordo do superiate de luxo Bayesian, que virou na costa da Sicília na última segunda-feira, 19. 

Conforme dados do aplicativo de rastreamento Vesselfinder, o Bayesian partiu do porto de Milazzo em 14 de agosto e foi registrado pela última vez na noite de domingo (18) a leste de Palermo, com status de "ancorado", repercute a BBC.

Uma teoria é que o iate teria sido atingido por um tornado sobre a água, provocando a tragédia. Outras teorias sugerem que o mastro pode ter quebrado durante uma tempestade atípica, permitindo a entrada de água por escotilhas e portas abertas devido ao calor intenso.

Relatos

Testemunhas relataram ter visto uma formação semelhante a um tornado antes do naufrágio do Bayesian. Tornados são colunas giratórias de ventos destrutivos que se estendem das nuvens ao solo, enquanto trombas d'água são semelhantes, mas ocorrem sobre a água, levantando névoa da superfície em vez de poeira e detritos.

De acordo com o Centro Internacional de Pesquisa de Trombas d'Água, foram registradas 18 trombas na costa italiana apenas em 19 de agosto. Essas ocorrências são mais comuns no final do verão e outono no hemisfério norte, quando as temperaturas do mar são mais altas, alimentando nuvens de tempestade.

O superiate

O Bayesian foi construído pela empresa italiana Perini em 2008 e reformado pela última vez em 2020. Segundo o site da Perini, ele possui um mastro de 75 metros, o mais alto em alumínio no mundo. Karsten Borner, capitão de outro iate próximo durante a tempestade, relatou ter visto o mastro do Bayesian dobrar e quebrar.

No entanto, Marco Tilotta, da unidade de mergulhadores dos bombeiros de Palermo, informou à AFP que o iate estava virado de lado em uma única peça. Matthew Schanck, presidente do Maritime Search and Rescue Council, afirmou ser difícil confirmar se o mastro realmente quebrou.

As temperaturas no Mediterrâneo têm sido extremamente altas desde junho, contribuindo para condições climáticas severas. Sam Jefferson, editor da revista Sailing Today, sugeriu que o calor pode ter levado os ocupantes do iate a deixarem portas e escotilhas abertas para ventilação durante a noite.

Segundo Jefferson, à BBC: "O barco foi atingido com força pelo vento e ficou preso de lado. Imagino que todas as portas estavam abertas devido ao calor. Havia aberturas suficientes para que ele se enchesse rapidamente de água e afundasse." Ele acrescenta que "o enorme mastro agiu quase como uma vela", empurrando o barco lateralmente até enchê-lo de água.