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Notícias / História

Armaduras da Idade do Bronze são testadas por soldados modernos

Estudo mostra como armaduras da Idade do Bronze poderiam ter dado vantagem aos guerreiros gregos nas batalhas

Redação Publicado em 27/07/2024, às 08h01 - Atualizado às 10h10

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Um voluntário da 32ª Brigada de Fuzileiros Navais do Exército Helênico usando a armadura - Divulgação/National Geographic
Um voluntário da 32ª Brigada de Fuzileiros Navais do Exército Helênico usando a armadura - Divulgação/National Geographic

Com o uso da ciência esportiva moderna, pesquisadores resolveram averiguar se as armaduras usadas pelos guerreiros gregos da Idade do Bronze realmente ofereciam uma vantagem significativa no campo de batalha. Esse estudo inovador lança luz sobre a eficácia das armaduras na antiguidade e como elas influenciavam a estratégia de combate.

Em 1960, arqueólogos descobriram um conjunto de armadura de cobre perto de Micenas, na Grécia. Conhecida como armadura Dendra, datada do século 15 a.C., esta armadura robusta e pesada, que incluia um capacete feito de presas de javali, intrigou os estudiosos.

Sua ausência de danos de batalha levaram alguns especialistas a acreditar que ela era usada apenas em cerimônias. No entanto, pesquisas recentes indicam que ela era digna de batalha, proporcionando proteção superior aos guerreiros que a usavam.

Para entender melhor como a armadura Dendra funcionava em batalha, pesquisadores recrutaram 13 voluntários da 32ª Brigada de Fuzileiros Navais do Exército Helênico. Os voluntários usaram réplicas da armadura durante uma simulação de 11 horas, que incluía exercícios intensos de combate, como corridas e golpes, com pausas para descanso e alimentação.

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Um voluntário militar grego veste uma réplica da armadura Dendra - Divulgação/National Geographic

Os resultados foram reveladores: todos os voluntários completaram a simulação, confirmando que a armadura, embora pesada e desconfortável, oferecia uma proteção significativa. A armadura de cobre protegia eficazmente o usuário de muitos perigos em combates de médio alcance, entre seis e 20 metros, mas à custa de mobilidade, uma característica valorizada em épocas posteriores. 

Os pesquisadores também estudaram a Ilíada de Homero para comparar as descrições de batalha com evidências arqueológicas. A obra épica descreve táticas de guerra e armamentos que se mostraram historicamente plausíveis, sugerindo que Homero incorporou elementos verdadeiros do mundo micênico em seu relato.

Conclusão

A armadura Dendra oferecia uma vantagem significativa em combate, mas exigia guerreiros bem treinados e experientes. Segundo a 'National Geographic', os líderes micênicos, equipados com armaduras completas, lideravam a linha de frente, enquanto seus seguidores usavam armaduras leves ou nenhuma, protegendo seus líderes em combate de curta distância.

O arqueólogo Barry Molloy, da University College Dublin, enfatizou a importância dessa descoberta: “O corslet Dendra é uma das descobertas mais emocionantes de armadura da Europa pré-histórica, e sua importância para a compreensão da longa história do desenvolvimento de armas e guerras não pode ser subestimada.”