Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, a ação foi ordenada porque o destróier teria ultrapassado fronteiras no mar Negro. O governo inglês, todavia, afirma que o episódio não aconteceu
Nesta quarta-feira, 23, a suposta aproximação de um navio britânico em águas territoriais russas fez com que entidades de defesa do país de Vladimir Putin disparassem tiros de advertência contra a embarcação do Reino Unido, segundo o G1.
Em declaração oficial, o Ministério de Defesa da Rússia afirmou que a reação dos disparos só aconteceu porque o HMS Defender inglês entrou em território russo no mar Negro. De acordo com o governo britânico, todavia, o dito episódio não aconteceu.
Ainda de acordo com o Ministério russo, “o destróier recebeu um aviso”, mas “não reagiu à advertência". Dessa forma, um "barco de patrulha fronteiriça" e um avião Su-24M foram mobilizados para realizar "disparos de advertência".
Após 20 minutos de tensão, o HMS Defender teria abandonado as águas russas. Para compreender o episódio, então, o Ministério da Defesa da Rússia convocou um militar da embaixada britânica em Moscou, segundo informações das agências do país.
De acordo com o governo do Reino Unido, contudo, "não foi realizado nenhum disparo de advertência contra o 'HMS Defender'". Isso porque, segundo um tuíte do Ministério britânico da Defesa, o destróier estava “em águas territoriais ucranianas”, sendo que tudo aconteceu perto da costa da Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014.
Nesse sentido, um comunicado emitido pela Royal Navy no dia 10 junho explica que o navio de guerra britânico só estava navegando pelas águas da região para realizar manobras da Otan. Recentemente, ele teria se separado "do grupo de trabalho para realizar suas próprias missões no mar Negro".