O petista afirmou, no entanto, que o tema deve ser debatido como uma questão de saúde pública
O ex-presidente Lulaafirmou, na manhã desta quinta-feira, 7, ser contra o aborto, mas defendeu que o tema seja debatido como uma questão de saúde pública. Ontem, porém, o político havia declarado ser a favor da prática, alegando que "mulheres pobres morrem", enquanto "madame pode fazer um aborto em Paris".
A frase gerou uma grande polêmica, de modo que os coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro decidiram utilizá-la para tentar afastar Lula dos eleitores conservadores, segundo informou o Blog da Andréia Sadi, no portal G1. Por outro lado, fontes dentro do PT afirmaram que teriam sido pegas de surpresa após o discurso do político.
"Essa pergunta já chegou pra mim umas mil vezes: eu sou contra o aborto, mas é preciso transformar numa política pública. Mesmo eu sendo contra, ele existe, ele se dá com uma pessoa de alto poder aquisitivo, ela vai ao exterior e se trata. E o pobre, como faz?", disse o petista durante entrevista à rádio Jangadeiro BandNews, de Fortaleza.
"O que acho é que o aborto tem que ter atenção do estado, o estado tem que cuidar dessas pessoas. É uma questão de bom senso. Por mais que a lei proíba e a religião não concorde, ele existe, a partir do momento em que a pessoa esteja no processo de aborto, o estado tem que amparar essa pessoa", concluiu Lula.