Daniel Noboa, presidente do Equador, decretou estado de exceção depois da fuga de José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito, chefe da maior quadrilha criminosa do país
Na última segunda-feira, 8, Daniel Noboa, presidente do Equador, decretou estado de exceção em todo o país depois que o chefe da maior quadrilha criminosa de lá, José Adolfo Macías Villamar, fugiu de um presídio localizado na cidade de Guaiaquil. Mais conhecido como Fito, e atualmente com 44 anos, ele é considerado um dos criminosos mais perigosos do Equador, sendo líder da facção Los Choneros.
De acordo com o g1, o estado de exceção permite que as Forças Armadas do país vão às ruas em apoio ao trabalho da polícia, com uma vigência de 60 dias. Nesse período, o direito à locomoção é mais restrito — com toque de recolher entre 23h e 5h —, bem como o direito de reunião e de privacidade de domicílio e de correspondência.
Tudo isso aconteceu depois que na noite de domingo, 7, o Ministério Público do Equador anunciou que Fito não foi encontrado em sua cela na prisão em que deveria cumprir pena. Para encontrá-lo, a polícia e o exército convocaram mais de 3 mil homens, mas o paradeiro do criminoso segue desconhecido.
A descoberta da ausência de Fito na prisão foi feita na manhã do domingo, 7, quando uma operação de forças policiais aconteceu no centro penitenciário de Guaiaquil, onde o criminoso cumpria pena, para encontrar possíveis armas e tomadas nas celas.
Vale mencionar que a facção Los Choneros começou suas atividades como matadores de aluguel, mas eventualmente ampliaram sua atuação para também promover roubos e traficar drogas, tendo inclusive se associado a uma das facções mais perigosas do mundo, o cartel de Sinaloa, de Joaquín Guzmán, o "El Chapo".
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Desde 2011, Fito vinha cumprindo uma pena de 34 anos de prisão, acusado de cometer roubos, participar de organização criminosa, posse de armas e assassinato. Fito assumiu o comando do Los Choneros depois da morte do líder anterior, José Luis Zambrano, conhecido como Raquiña.