Incidente em voo da SriLankan Airlines reabre debate sobre protocolos de segurança na aviação civil; a companhia aérea suspendeu o piloto
Redação Publicado em 16/10/2024, às 18h45
Um susto a bordo de um voo da SriLankan Airlines na última segunda-feira, 14, colocou em evidência a importância dos protocolos de segurança na aviação civil. Um piloto, irritado por sua colega ter saído da cabine de comando sem designar um substituto, trancou a porta e se recusou a deixá-la retornar.
O desentendimento ocorreu durante um voo de longa duração. Após a copiloto sair para ir ao banheiro, o piloto aproveitou a oportunidade para trancar a porta da cabine. Um comissário de bordo sênior precisou intervir, negociando com o piloto por interfone para que ele abrisse a porta e permitisse que a copiloto retornasse ao seu posto.
Apesar do susto, o avião pousou em segurança na capital do Sri Lanka, Colombo, com cerca de 297 passageiros a bordo. A companhia aérea, por sua vez, tomou medidas imediatas. O piloto envolvido no incidente foi suspenso enquanto as autoridades investigam o caso. A SriLankan Airlines divulgou um comunicado afirmando que está cooperando plenamente com as investigações.
O incidente na SriLankan Airlines reabre o debate sobre a importância de ter sempre dois membros da tripulação na cabine de comando durante um voo.
Segundo o UOL, essa medida, adotada por muitas companhias aéreas após o trágico acidente do voo 9525 da Germanwings em 2015, visa prevenir situações como essa e garantir a segurança de todos a bordo.
No caso da Germanwings, o piloto, com problemas psicológicos, se trancou na cabine e deliberadamente colidiu a aeronave, causando a morte de todos os passageiros e tripulantes. O acidente chocou o mundo e levou a uma revisão dos protocolos de segurança na aviação civil.
