Escândalo da Previdência desviou cerca de R$ 2 bilhões de aposentados
Desde dezembro de 2021, Jorgina Maria de Freitas, de 71 anos, estava internada, depois de ter sofrido um acidente de carro. A ex-advogada faleceu no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, na última terça-feira, 19. Jorgina é conhecida como a “maior fraudadora da Previdência”.
Em nota, a prefeitura de Duque de Caxias informou, através da Secretaria Municipal de Saúde que Jorgina deu entrada no hospital em 13 de dezembro e que ela chegou com um quadro de politraumatismo com traumatismo craniano grave. "O corpo foi encaminhado para o IML, por se tratar de vítima de acidente de trânsito", informou o município.
A mulher foi responsável pelo que conhecido até hoje como a maior fraude contra a Previdência Social acontecida no Brasil. A ex-advogada e ex-procuradora previdenciária organizou um esquema de verbas de aposentadoria.
Inicialmente, o total da fraude foi estimado em R$ 550 milhões, mas depois de algumas análises, a Advocacia-Geral da União afirmou que o valor foi de R$ 2 bilhões.
Jorgina foi cúmplice de um bando que desviou aproximadamente R$ 2 bilhões do cofre da Previdência entre 1988 e 1990, em que os criminosos forjaram centenas de processos milionários de indenização. O esquema começou a ser descoberto em 1991 quando uma investigação interna do INSS descobriu um desvio de R$ 90 milhões, segundo o Uol.
Em julho de 1992, a mulher foi condenada a 14 anos de prisão, mas só começou a cumprir a pena 5 anos depois, pois ela fugiu para o exterior, se estabelecendo na Costa Rica. Em 1997 ela se entregou às autoridades do país e foi repatriada.
Em 2010, ela ainda foi condenada a devolver R$ 200 milhões ao contador Carlos Alberto Mello. No mesmo ano, ela foi solta depois de cumprir a pena.
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