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Notícias / Nazismo

Aos 99 anos, ex-secretária nazista é condenada na Alemanha

A ex-secretária nazista Irmgard Furchner foi condenada pela Suprema Corte da Alemanha por cumplicidade no assassinato de 10,5 mil prisioneiros

Luiza Lopes, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 21/08/2024, às 12h42 - Atualizado às 13h28

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Irmgard Furchner, ex-secretária nazista, é condenada pela Suprema Corte da Alemanha - Reprodução/Youtube (@BBCNews)
Irmgard Furchner, ex-secretária nazista, é condenada pela Suprema Corte da Alemanha - Reprodução/Youtube (@BBCNews)

A ex-secretária nazista Irmgard Furchner, de 99 anos, foi condenada pela Suprema Corte da Alemanha por cumplicidade no assassinato de mais de 10.500 prisioneiros em um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.

De acordo com o ANSA Brasil, a decisão confirma uma sentença anterior de dois anos de detenção em regime fechado, proferida em 2022. Furchner, que tinha entre 18 e 19 anos na época dos crimes, atuou como secretária no campo de concentração de Stutthof, na Polônia ocupada, entre 1943 e 1945.

Execução de prisioneiros

Ela era responsável pelos registros e pela correspondência do comandante Paul Werner Hoppe, conforme relatou o jornal britânico The Guardian. A acusação alega que ela ajudou deliberadamente na execução de prisioneiros, cujas mortes ocorreram por inalação de gás, condições adversas e transporte para campos de extermínio como Auschwitz.

Segundo o jornal britâncio, apesar de ter tentado recorrer da condenação, alegando falta de envolvimento direto e questionando sua consciência sobre os crimes, o Tribunal Federal de Justiça manteve a sentença, afirmando que Furchner estava plenamente ciente da crueldade dos eventos.

O juiz Dominik Gross havia afirmado anteriormente que "nada acontecia em Stutthof sem o conhecimento de Furchner". O caso é provavelmente o último julgamento desse tipo na Alemanha, dado que muitos acusados relacionados ao Holocausto já faleceram ou estão incapacitados.

A condenação de Furchner reflete o precedente legal estabelecido pela sentença de John Demjanjuk em 2011, que permitiu a acusação de cumplicidade em vez de crimes diretamente cometidos, repercutiu o ANSA Brasil.