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Notícias / Arqueologia

Antes submersas, cerâmicas antigas são reveladas devido à seca no Amazonas

Entre os artefatos encontrados, destaca-se um jarro de barro bem preservado, além de sete peças menores de cerâmica quebradas

Redação Publicado em 24/10/2024, às 12h20

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Jarro de barro e peças de cerâmica - Edson Batista/Acervo Pessoal; Gabriel Cordovil/Acervo Pessoal
Jarro de barro e peças de cerâmica - Edson Batista/Acervo Pessoal; Gabriel Cordovil/Acervo Pessoal

A seca histórica que afeta os rios da Amazônia revelou peças de cerâmica antigas, antes submersas. O achado foi feito por dois pescadores em Urucará, a 260 km de Manaus. Entre os artefatos encontrados, destaca-se um jarro de barro bem preservado, além de sete peças menores de cerâmica quebradas.

Em entrevista ao Estadão, Edson Batista, de 37 anos, e seu sobrinho Gabriel Cordovil, de 16, contaram que avistaram os objetos enquanto pescavam no dia 12 de outubro. O local da descoberta, conhecido como Pedral do São José, é um sítio arqueológico com petróglifos de rostos humanos, chamados de "caretas" pelos moradores.

Preocupados com a preservação dos itens, os pescadores decidiram recolhê-los, já que a área é movimentada e poderia danificar os objetos. A prefeitura de Urucará informou ao Estadão que acionou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para avaliar as peças, e a criação de um museu local está sendo considerada.

Seca histórica

O governo do Amazonas estima que a seca de 2024 tenha afetado mais de 800 mil pessoas. Os rios Madeira, Negro e Solimões atingiram níveis mínimos recordes, comprometendo o transporte fluvial, fundamental para o abastecimento de água e alimentos em regiões isoladas.

Apesar da gravidade, o fim da estiagem está próximo, geralmente encerrando-se entre o final de outubro e o início de novembro. Além dos achados mencionados, a seca também revelou outros artefatos, como ruínas do Forte de São Francisco e canhões de bronze.

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