Ex-campeão mundial de kickboxing é acusado de manter uma rede de exploração sexual
O ex-campeão mundial de kickboxing Andrew Tate, acusado de manter uma rede de exploração sexual, teria escravizado mulheres. É o que dizem promotores de Bucareste em documento de 61 páginas obtido pela agência de notícias Reuters.
Segundo a fonte, tanto o britânico-americano Andrew Tate, que vive na Romênia desde 2017, quanto seu irmão Tristan, também investigado, negaram as alegações contra eles.
O documento aponta que uma mulher da Moldávia teria sido enganada por Tate, um influenciador com milhões de seguidores nas redes socias. Eles chegaram, até mesmo, a falar em casamento. Em troca, o homem pediu sua lealdade absoluta.
Você deve entender que, uma vez que você é minha, você será minha para sempre", disse o ex-lutador em mensagem enviada à vítima em 4 de fevereiro de 2022.
Segundo os promotores, Tate pediu à mulher que viajasse para a Romênia para que ficasse junto a ele. "Nada de ruim vai acontecer", assegurou Andrew. "Mas você tem que estar do meu lado."
No mês seguinte, Tate teria estuprado a mulher duas vezes enquanto tentava alistá-la em uma operação de tráfico de pessoas focada em produção de pornografia para a plataforma OnlyFans.
De acordo com o documento, os irmãos teriam enganarado e intimidado seis mulheres a com o objetivo de "transformá-las em escravas".
Em defesa dos acurados, o advogado Eugen Vidineac declarou que as supostas vítimas não foram maltratadas, mas "viveram às custas dos famosos Tates". Ele também afirmou que “elas estavam alegres e ninguém as forçava a fazer essas coisas".