Com apenas 18 anos, o americano Matteo Paz recentemente recebeu um prêmio no valor de R$ 1,4 milhão por descobertas impressionantes
Publicado em 17/03/2025, às 10h30
Recentemente, um jovem americano de apenas 18 anos chamou grande atenção na comunidade científica ao descobrir, com ajuda de inteligência artificial, cerca de 1,5 milhão de objetos no espaço. Graças a isso, inclusive, recebeu um prêmio de 250 mil dólares (cerca de R$ 1,4 milhão, na cotação atual), na competição científica "Busca de Talentos da Regeneron Science".
Conforme repercute a Revista Galileu, Matteo Paz, um mero estudante de ensino médio, analisou um total de 200 terabytes de dados astronômicos coletados pelo telescópio NEOWISE, da NASA, catalogando mais de 2 milhões de corpos celestes. Desses, cerca de 1,5 milhão não eram catalogados.
Há realmente muitos casos de uso para o que encontrei aqui, e é por isso que estou realmente empolgado com isso", declarou o jovem ao site NPR.
Vale mencionar que a missão do telescópio NEOWISE procurou asteroides e cometas próximos à Terra, observando-os a partir de raios infravermelhos, comprimentos de onda invisíveis ao olho humano. Dessa forma, foi possível descobrir objetos, mesmo escondidos pela poeira interestelar.
Matteo Paz conta ainda que já vinha sendo utilizado por um grupo de pesquisas um protótipo do catálogo de objetos, para uma análise de estrelas anãs vermelhas. Isso, segundo o jovem, "pode nos ajudar a entender quais exoplanetas, mundos alienígenas que orbitam outras estrelas, podem realmente ser habitáveis para seres humanos como nós".
Antes do trabalho de Matteo, ninguém havia tentado usar toda a tabela (de 200 bilhões de linhas) para identificar e classificar toda a variabilidade significativa que existia [de objetos espaciais]", afirma o mentor do estudante no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), Davy Kirkpatrick, à Business Insider.
O algoritmo que o jovem utilizou analisa mudanças na radiação infravermelha, identificando e classificando objetos espaciais, seja como buracos negros ou sistemas de estrelas duplas, por exemplo.
Agora, Matteo pretende aproveitar da descoberta para estudar mais sobre a expansão do universo desde o Big Bang, o que, segundo ele, "contribuirá para a resolução de um tópico muito controverso na pesquisa atual ou revelará algo realmente fundamental sobre as origens do universo".