O crime ocorreu em Brooklyn Center, mesma cidade onde George Floyd foi morto há quase um ano
Segundo informações do UOL e BBC News, a policial americana Kim Potter foi detida na última quarta-feira,14, acusada de homicídio de segundo grau pela morte de Daunte Wright, um jovem negro de 20 anos. Este crime ocorre quando uma pessoa assume conscientemente o risco de causar a morte de outro indivíduo.
No entanto, Potter foi solta hoje após o pagamento de uma fiança de US$100 mil, equivalente a R$565,4 mil pela cotação atual. Tanto a acusada quanto o chefe da polícia local, Tim Gannon, renunciaram seus cargos de oficiais
A mulher alega que confundiu a própria pistola com uma arma de choque elétrico. Wright foi parado por causa de uma irregularidade na placa de seu carro. Imagens da Body Cam (câmera presente nos uniformes) o mostram fugindo de policiais, após anunciarem que estava sendo preso por um mandato pendente.
Ao entrar novamente no veículo, escuta-se a policial gritando “Taser” diversas vezes antes do disparo da arma de fogo. A mãe de Wright relatou aos repórteres que seu filho a ligou depois de ser parado e que ela se ofereceu para dar detalhes do seguro do carro à polícia por telefone.
Ela disse que ouviu a polícia ordenando que ele saísse. Ouviu-se um som de luta e um oficial o disse para desligar o telefone. Quando conseguiu ligar de volta, a namorada de Daunte atendeu e disse que ele havia levado um tiro.
"Ela apontou o telefone para o banco do motorista e meu filho estava deitado lá, sem responder", disse ela em lágrimas, "Essa foi a última vez que vi meu filho."
Reacende a chama dos protestos
O crime ocorreu em Brooklyn Center, no norte dos Estados Unidos, que há menos de um ano já foi palco de um caso que ainda tem o julgamento em processo: a morte deGeorge Floyd pelo policial Derek Chauvin.
Com isso, ocorre a volta de protestos contra a violência racial pela polícia americana. Já são quatro noites seguidas de manifestações, que afrontam o decreto do toque de recolher noturno.
Na terça-feira (13), as famílias de Wright e Floyd se reuniram para exigir o fim da matança de negros americanos desarmados pela polícia.
"O mundo está traumatizado ao ver outro homem afro-americano ser morto", disse o irmão de Floyd, Philonise Floyd.