Estudantes alegam pagar caro por ensino de baixa qualidade
Nesta terça-feira, 5, estudantes ocuparam diversas escolas de ensino médio ao redor de Santiago. Jovens encapuzados confrontaram a polícia e queimaram um ônibus, além de que uma escola também foi incendiada. Outros casos aconteceram no ano passado, revelando uma onda de violência na região.
A escola Internado Nacional Barros Arana (INBA), em Santiago, foi temporariamente fechada devido a casos de violência “grave”, em junho, que chegou a incluir um incêndio no escritório do diretor.
Por conta disso, tornaram-se frequentes protestos de estudantes, alegando educação cara e de baixa qualidade nas escolas e universidades.
Devido a problemas relacionados à pandemia, tal diferença de qualidade está exagerada, segundo a análise de especialistas, principalmente para os jovens. Porém, para as crianças, alguns sinais de efeitos negativos de longo prazo do confinamento também foram vistos em outros lugares, sendo o Chile afetado e forma intensa.
De acordo com Francisca Morales, autoridade de educação do Unicef no Chile, o impacto mais forte foi em pré-adolescentes e adolescentes que retornaram à escola após passarem pela fase da puberdade durante o isolamento. "Não vimos nada em nenhum outro lugar tão drástico ou dramático como aqui", continuou ela.
Um salto de 56% nos incidentes violentos no último semestre foi registrado pela Superintendência de Educação do Chile, levando em conta para comparação os anos de 2018 e 2019, período antes da pandemia, segundo o G1.
Tal aumento é um caso preocupante para psicólogos, políticos e professores. Foi exatamente isso que disse Esteban Abarca, professor do ensino médio da escola INBA em Santiago: "Depois desses dois anos, eles se irritam mais com a autoridade e a disciplina. Há uma rejeição das figuras de autoridade".