Geraldo Alckmin cobra dados, que ano passado foram divulgados cinco dias após a COP26
Redação Publicado em 14/11/2022, às 18h08
Enquanto Lula (PT), viaja para a COP27, o seu vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta segunda-feira, 14, que solicitou os relatórios sobre o desmatamento da Amazônia e do Cerrado ao governo federal para "analisar as informações que trazem e tomar as medidas necessárias".
Esses relatórios são divulgados todos os anos pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes). O vice-presidente e também coordenador da equipe de transição do governoLula (PT), declarou que esses números já existe.
"Solicitamos que os relatórios completos dos dados do Prodes Amazônia e do Prodes Cerrado do período de agosto de 2021 a julho de 2022 sejam enviados para que possamos analisar as informações que trazem e tomar as medidas necessárias", disse como informado pelo G1.
"A informação é de que esses números já existem e [temos] a necessidade de serem informados", disse durante o anúncio de novos nomes da equipe de transição, em São Paulo.
O pedido foi feito no dia em que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja para a COP27, que está em andamento no Egito desde 1º de novembro. O relatório não foi divulgado pelo governo federal até o momento.
Mesmo com o documento pronto antes da Conferência começar, o governo de Jair Bolsonaro (PL), esperou o fim da 26º Conferência do Clima da ONU, a COP26, para, então, divulgar o relatório que apontou o maior desmatamento em 15 anos na Amazônia.
Os números se tornaram públicos, somente cinco dias após o término do evento, em 18 de novembro, e apontaram um aumento de 22% no desmatamento. O governo Jair Bolsonaro foi acusado, pelos ambientalistas, de esconder os dados em decorrência da conferência do clima.
Eles também alegaram, junto de entidades, que jornalistas e outros participantes da conferência chegaram, pediram o relatório do Prodes durante a COP26, mas não obtiveram respostas do governo federal.
