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Notícias / Polícia

Agente da GCM põe joelho sobre pescoço de homem negro durante abordarem

Policiais ainda são acusados de colocarem saco com pó branco perto do rosto do homem para incriminá-lo

Luisa Alves, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 31/05/2022, às 19h42

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Agentes da GCM abordam homem - Divulgação/G1
Agentes da GCM abordam homem - Divulgação/G1

Em vídeo que viraliza nas redes sociais, agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo aparecem ajoelhados em pescoço de homem negro e o acusam de tráfico de drogas colocando um saco com pó branco perto de seu rosto.

De acordo com GCM, os agentes afirmam terem encontrado o homem com "volume suspeito" na cintura. Segundo relatam, ele "jogou uma sacola no chão e tentou fugir, mas foi contido pelos agentes."

Os policiais também disseram que ao verificarem a sacola, encontraram "substâncias análogas a entorpecentes.", além de uma balança. O caso ocorreu nessa segunda-feira, 30.

A Pastoral do Povo da Rua e o Grupo Tortura Nunca Mais, dois movimentos sociais, levantaram a suspeita de que os guardas podem ter implantado os intorpecentes no episódio, além de repudiarem a abordagem violenta da CGM. As informações são do G1.

Com o caso, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana divulgou duas notas. Em uma alegam "uso moderado da força, a fim de preservar a segurança dos agentes e do próprio infrator".

Já na outra disseram não compactuarem com nenhum desvio de conduta — referindo-se a implantação dos intorpecentes para incriminação do homem — e que ao serem comprovadas quaisquer irregularidades, os agentes são punidos. O caso foi registrado na 77º Distrito Policial (DP), Santa Cecília.

Abordagem violenta

A atitude dos agentes é semelhante ao que ocorreu 2020, nos EUA, quando o policial Derek Chauvin pressionou seu joelho sobre o pescoço de George Floyd, causando sua morte por asfixia. O ato agressivo gerou mobilizações nas redes sociais e, após uma série de protestos em todo o mundo, esse método de sufocamento foi proibido em diversos países.

Por aqui, o episódio ocorreu na Rua Ana Cintra, no bairro de Santa Cecília, em São Paulo. O homem possuía 56 anos e sua identidade não foi divulgada. O vídeo foi gravado por uma testemunha que passava no local.