O último lobo-da-tasmânia morreu em 1936, em um zoológico
Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 17/08/2022, às 18h10 - Atualizado em 21/08/2022, às 14h00
Dentro de uma década, quase 90 anos depois da extinção do lobo-da tasmânia (ou tigre), o animal poderá ser reintroduzido na natureza. Uma empresa americana de biotecnologia, que é apoiada pelos gêmeos Winklevoss, prometeu recriar o animal.
O último predador da espécie morreu em 1936, em um zoológico em Hobart. A população silvestre do animal foi exterminada por pecuaristas e também pelo governo local, que, durante o século 19, pôs uma recompensa pelo bicho a fim de proteger ovelhas.
Algumas pessoas afirmaram ter visto uma criatura listrada e parecida com um cachorro andando pelo deserto da Tasmânia, mas nada fora confirmado. Andrew Pask, professor e biólogo evolutivo da Universidade de Melbourne, que também dirige o Laboratório de Pesquisa em Restauração Genética Integrada do Tilacino, que recriou o genoma do animal, disse que ele é “como o nosso monstro do lago Ness”.
O laboratório de Pask vai trabalhar em parceria com a Colossal Biosciences, como resultado do trabalho do professor de Harvard, George Church, que foi um dos pioneiros do Projeto Genoma Humano.
A recriação de um mamute lanoso já está sendo trabalhada pela empresa, como parte de um plano de “desextinção”. A Colossal anseia converter os processos de edição de genes que irá utilizar no tilacino e no mamute para, futuramente, utilizar para uso comercial em humanos, segundo a Folha de S. Paulo.
O professor de ecologia da Universidade Deakin em Melbourne, Euan Ritchie, disse que recriar um tilacino seria uma “grande conquista científica”. E também acrescentou que é preciso dar ênfase na conservação de animais em perigo de extinção.
É muito mais barato e mais eficaz mantê-los vivos do que ressuscitar populações do congelador", disse ele.