Além dos coalas, o fogo ainda afeitou outros 3 bilhões de animais, destruiu 24 milhões de hectares e deixou 33 mortos
De acordo com um relatório encomendado pelo Fundo Mundial para a Natureza-Austrália, mais de 60.000 coalas estavam entre os animais gravemente afetados pela crise do incêndio florestal na Austrália, há um ano.
O lugar onde ocorreu o maior número de perdas foi na Ilha Kangoroo, no sul do país. Por lá, estima-se que mais de 41.000 coalas foram feridos com o incêndio ou acabaram mortos. O levantamento ainda dá conta de outros 11 mil afetados no estado de Victoria, 8 mil em New South Wales (NSW) e cerca de 900 em Queensland.
“Sessenta mil coalas impactados é um número profundamente perturbador para uma espécie que já está em apuros”, disse Dermot O'Gorman, presidente-executivo do WWF-Austrália, em um comunicado, informou o Al Jazeera. “Não podemos nos dar ao luxo de perder coalas sob nossa supervisão.”
Em setembro de 2019 e no início desse ano, incêndios florestais que varreram o sudeste da Austrália destruíram mais de 24 milhões de hectares de terra e deixaram 33 mortos.
Em julho, o WWF publicou uma versão preliminar do estudo que revelou que quase 3 bilhões de animais — mamíferos, pássaros, répteis e sapos — estavam no caminho das chamas.
Os coalas, que geralmente passam a maior parte do tempo nas árvores, sofreram ferimentos, traumas, inalação de fumaça, estresse causado pelo calor, desidratação e morte, disse o relatório.
Os marsupiais também foram afetados pela perda de habitat e pelo conflito com outros animais enquanto fugiam para a floresta não queimada, bem como pela redução do suprimento de alimentos.