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Notícias / Arqueologia

14.000 moedas romanas: Em Limburgo, autoridades desvendam fraude arqueológica

Um homem francês informou à comunidade arqueológica dos Países Baixos que tinha encontrado 14.000 moedas, todavia logo foram encontradas inconsistências em sua história

Ingredi Brunato Publicado em 16/12/2020, às 14h28 - Atualizado às 14h29

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Fotografia de algumas das moedas - Divulgação/ Agentscap Onroerend Erfgoed
Fotografia de algumas das moedas - Divulgação/ Agentscap Onroerend Erfgoed

Em Limburgo, uma província nos Países Baixos, um homem francês que havia acabado de comprar um terreno relatou a descoberta de uma grande quantidade de moedas romanas em sua propriedade.

Todavia, investigações posteriores divulgadas nessa quarta-feira, 16, pelo The Brussels Times, um site belga, revelaram que o homem estava mentindo sobre o local do achado, que foi, na verdade, escavado ilegalmente na França

O tesouro consistia em 14.000 moedas do Império Romano datadas do século 3. Caso pertencesse realmente aos Países Baixos, essa se tornaria uma das maiores descobertas já feitas na região. 

As primeiras inconsistências da história foram identificadas pela Agência de Herança Flamenga. “Sempre que surge uma descoberta casual como essa, entramos em contato com a pessoa e damos uma olhada no local”, explicou a pesquisadora Marleen Martens, que trabalha na agência, em entrevista ao The Brussels Times. 

Através de uma análise do solo do terreno do homem francês, a agência acabou descobrindo que o local remontava somente à Idade Média.

"Relatamos nossas suspeitas às autoridades francesas. Eles interrogaram o homem e ele admitiu que comprou as moedas na França. O tesouro vem de solo francês e foi escavado ilegalmente lá", contou Martens ainda. 

Também foi revelado um histórico do cidadão francês com atividades envolvendo artefatos arqueológicos obtidos ilegalmente. Assim, o tesouro romano será devolvido ao seu país natal, enquanto o homem sofrerá consequências legais.

Sobre arqueologia

Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história. 

Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.