Para não se perder no ritmo de estudos, confira dicas do que evitar
O dia a dia dos jovens que irão prestar o Enem ou vestibulares e dos estudantes que estão se preparando para concursos e demais responsabilidades pode ser estressante, caso não haja uma rotina estabelecida de estudos. A retomada do ano letivo é um momento em que a organização faz toda a diferença para que o aprendizado ao longo do semestre ou do ano seja efetiva.
Nesse cenário, um cronograma malfeito pode se tornar um empecilho para a absorção dos conteúdos. Por isso, uma das melhores formas para não se perder é colocar as metas a alcançar no papel e, em seguida, estruturar sua própria preparação, de forma definida e clara.
“Ao montar um cronograma de estudos, é imprescindível se atentar aos pontos necessários para cada objetivo; lembrando que todas as matérias e os conteúdos são essenciais e devem ser contemplados, não existe disciplina mais importante ou menos importante”, alerta Michel Arthaud, professor de Química da Plataforma Ferretto.
Para auxiliar os estudantes a não cometerem erros habituais, o profissional lista 5 falhas que podem comprometer o cronograma de estudos.
A primeira dica é que os alunos devem ter consciência de que os estudos devem ser iniciados o quanto antes, para que o aprendizado dos conteúdos seja constante e gradual. “Deixar para estudar de última hora é, sem dúvida, um dos maiores erros. Afinal, ninguém aprende e passa a dominar um determinado tópico ou disciplina de um dia para o outro. O aprendizado é um processo, por isso exige tempo e dedicação”, alerta Michel Arthaud.
Sendo assim, se o estudante pretende se matricular em um curso preparatório focado no Enem e vestibulares, deve fazer isso logo nos primeiros meses do ano. “Muitas vezes o candidato tem a falsa impressão de que a data do exame ainda está muito longe, mas a verdade é que 6 meses ou 12 meses passam muito rápido, e quando menos se espera, o Enem ou vestibular chegou e aquele aluno não conseguiu se preparar como gostaria. Por isso, é fundamental se antecipar e não procrastinar”, diz o docente de Química.
Por outro lado, há os estudantes que acreditam que devem iniciar os estudos às 6h da manhã, ou até antes, e estender até tarde, achando que é uma boa tática para conseguir absorver ao máximo todas as informações, mas “exagerar na dose” pode acabar prejudicando o aprendizado.
“O principal é estabelecer uma rotina fixa de estudos diária, que pode ser em qualquer período. Mas é preciso criar uma rotina possível de cumprir, não ser ambicioso demais. Não indico que ninguém estude mais do que 8 horas por dia, e essas horas devem ser fracionadas”, afirma. O docente elabora que a cada 2 ou 3 horas de estudos, é necessário fazer uma breve pausa de 10 a 15 minutos, para um café ou um intervalo breve. Isso ajuda a manter a concentração e não se cansar excessivamente.
Geralmente há matérias que os estudantes possuem mais facilidade na hora de aprender, com isso podem cair no erro de se dedicar 100% às mesmas, e não dar tanta importância para as demais. “É imprescindível que a rotina alterne as matérias que serão estudadas, para que nenhuma passe despercebida. Depois disso, o aluno deve definir com quais assuntos têm mais dificuldade, para que sejam priorizados no seu cronograma”, orienta Michel Arthaud.
Reservar momentos de descanso e lazer é crucial para não ficar sobrecarregado com os estudos. “Ninguém vive apenas de estudar. É preciso aceitar que será necessário dedicar tempo a outras atividadesdo dia a dia, inclusive ao descanso, que é importante para a saúde física e mental”, lembra o docente.
O “ensino tradicional”, onde se utilizava exclusivamente livros e apostilas de exercícios, vem ganhando cada vez mais recursos e meios de aprendizado, que ajudam muito os alunos. “Recomendo buscar videoaulas, filmes, séries, documentários, podcasts que expliquem cada conteúdo de uma forma simples e didática. Isso ajuda bastante a compreender e relembrar o que foi aprendido”, diz.
O professor destaca que hoje existem muitos conteúdos multimídia à disposição, e que podem e devem ser explorados. “Variar os formados auxilia a manter-se concentrado nos estudos, pois o processo não fica tão maçante e repetitivo”, finaliza.
Por Isabela Rocha