De acordo com o presidente da Organização Pan-Americana da Saúde, o órgão só poderá aprovar o medicamento quando diversos estudos e ensaios forem apresentados pelo país
Com mais de 890 mil casos de Coronavírus em seu território, a Rússia começou a desenvolver sua própria vacina. Nesta terça-feira, 11, contudo, a Organização Mundial da Saúde afirmou que apenas recomendará o medicamento frente alguns estudos.
Segundo anunciou Jarbas Barbosa da Silva Jr., diretor-assistente da Organização Pan-Americana da Saúde, os russos ainda precisam apresentar os resultados de diversos ensaios clínicos para que a vacina russa seja aprovada.
Nesse sentido, de acordo com a Folha, a OMS ainda não recebeu informações técnicas sobre o medicamento. “Uma vacina só pode ser aplicada depois que realizar os ensaios clínicos das fases 1, 2 e 3 e comprovar sua segurança e sua eficácia”, explicou Jarbas.
Muito além de apresentar os resultados, no entanto, a vacina ainda terá de ser analisada por autoridades do país onde será comercializada. Dessa forma, a OMS só pode pré-qualificar e recomendar o medicamento caso tenha acesso a todos os dados.
Ainda de acordo com o diretor, o acordo feito entre a Rússia e o Paraná é bastante relevante, mas será efetivo apenas quando os ensaios exigidos forem analisados. “Qualquer vacina ou produtor tem que seguir essa metodologia, e além da segurança informar o grau de eficácia. Não existe vacina 100% eficaz para nada”, reiterou.
Por enquanto, a OMS continua em contato constante com as autoridades russas, a fim de debater e relembrar os estudos e resultados necessários para a pré-qualificação. Sem eles, o medicamento não poderá ser adquirido pela organização mundial.