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Coronavírus / Pandemia

Médica é espancada por frequentadores de festa clandestina no Rio

Em meio a determinação de isolamento social no estado, a profissional da saúde quebrou retrovisor de um dos carros estacionado em local proibido — e frequentadores de aglomeração partiram para cima dela

Caio Tortamano Publicado em 01/06/2020, às 17h00

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Mulher foi atacada depois de danificar carro de homem que estava em festa clandestina - Divulgação
Mulher foi atacada depois de danificar carro de homem que estava em festa clandestina - Divulgação

Depois de quebrar o retrovisor de um veículo estacionado em local irregular, uma médica foi perseguida por, ao menos, cinco pessoas e acabou sendo espancada por elas. O caso aconteceu no último sábado, 30.

Os agressores estavam em uma festa clandestina no Grajaú, zona norte do Rio de Janeiro, e fraturaram um dos joelhos da mulher, pisotearam a mão dela e sufocaram o suficientemente para que ela desmaiasse.

Os eventos, chamados de "festas do corona", ocorrem do lado de um Corpo de Bombeiros e, apesar de pedestres, seguranças e os próprios bombeiros que avistaram a cena, ninguém tentou intervir para ajudá-la.

A denúncia foi feita pela própria vítima por meio de seu Facebook. A mulher relatou que na casa ocorrem festas clandestinas até altas horas da madrugada, sempre com som ligado — causando transtorno para os moradores. 

Apesar de agir por impulso, a vítima, que trabalha como médica na linha de frente contra o coronavírus, reconheceu o erro ao danificar o carro do criminoso. "Foi errado. Foi impensado. Foi estúpido. Mas sou humana e fiz uma besteira contra um bem material de outra pessoa. Não foi um ato contra nenhum outro ser humano, isso eu sou incapaz de fazer".

Mesmo assim, o dono do carro, que se identificou como policial, teria pego sua carteira de serviço e esfregado na cara da vítima, já imobilizada, afirmando que ela teria que pagar a quantia de 6.800 reais para que consertasse o veículo.

"Me agarraram em frente ao Hospital Italiano. Me enforcaram até desmaiar. Me jogaram no chão e me chutaram. Quando retornei à consciência, gritava por 'socorro'". Após o ato, a polícia foi chamada ao local, e quando questionaram os bombeiros os mesmos afirmaram não terem visto nada.