Usando uma igreja sem registro como fachada, diversas pessoas consumiram a solução letal buscando evitar a covid-19
Mark Grenon, 62, e seus filhos Jonathan, 34, Joseph, 32 e Jordan, 26, de Bradenton, no condado da Flórida, EUA, foram detidos na última sexta-feira, 10, acusados de fabricar, promover e vender um produto com o nome "Miracle Mineral Solution" (Solução Milagrosa Mineral, em inglês). O produto, no entanto, trata-se de uma solução química contendo clorito de sódio e água que, substância que pode ser comparada com um alvejante.
A Food and Drug Administration, órgão responsável pelo registro de remédios no país, não aprovou o preparado para o tratamento da covid-19, mas recebeu relatos de pessoas que precisaram ser hospitalizadas em estado grave após beber o MMS, de acordo com o Ministério Público dos EUA.
A família vendeu o produto tóxico sob o disfarce de 'Igreja de Saúde e Cura Gênesis II', uma entidade sem autorização do órgão regulamentador de instituições religiosas dos EUA, criado suportamente na tentativa de evitar a interferência governamental.
Os três foram acusados de desrespeito criminal, conspiração para fraudar os Estados Unidos e conspiração para violar a Lei Federal de Alimentos, Drogas e Cosméticos por suas supostas ações. A declaração também argumenta que os Grenons já haviam comercializado o MMS como uma cura milagrosa para dezenas de outras doenças e distúrbios graves, incluindo câncer, Alzheimer, autismo, esclerose múltipla e HIV/AIDS.