A suposta vítima do contágio representa o 10º caso de coronavírus confirmado no estado
O empresário Claudio Henrique do Vale Vieira, que teria transmitido o novo coronavírus para um de seus funcionários, será processado pela PGE (Procuradoria-Geral do Estado), por determinação do governador da Bahia, Rui Costa (PT).
Segundo Costa, na semana passada, Vieira viajou em seu jatinho particular para Porto Seguro, na Bahia, onde esteve em uma festa. O empresário estava sob ordens médicas de ficar em quarentena e as desobedeceu completamente.
O homem chegou até a desrespeitar agentes de saúde. "Estava de sunga, na praia, com os amigos. Disse: 'o que é que um banho de mar não resolve? Mata qualquer vírus'", denunciou o governador.
Ainda de acordo com Costa, o empresário estava “promovendo contato com outras pessoas, de forma criminosa”. E só quando uma agente de saúde ameaçou chamar a polícia é que ele teria aceitado usar uma máscara.
"Só há um jeito de coibir posturas como essa: é criar o constrangimento social. [O combate ao coronavírus] Não é uma posição só do governador, do Ministério Público. As pessoas não podem ter, eu diria, apoio social ao fazer esse tipo de coisa", afirmou Costa.
A suposta vítima que pegou coronavírus é um homem de 43 anos, que trabalha na residência do empresário, em Trancoso, no município de Porto Seguro. O funcionário representa o 10º caso da doença confirmado no estado da Bahia, segundo a Secretaria estadual de Saúde.
Em uma nota, enviada ao portal UOL, o empresário Claudio Henrique do Vale Vieira disse ser "totalmente falsa" a informação de que teria ignorado recomendações médicas. Vieira afirmou ainda que fez testes na cidade de São Paulo para ver se tinha coronavírus, no último dia 11 de março, mas o resultado só saiu quando ele estava na Bahia, no dia 14.
“Diante disso, imediatamente, o empresário iniciou isolamento em sua residência, sob supervisão médica. Seu quadro atual é assintomático", diz o comunicado.