Abandonado e com um país em mãos, o menino teve de enfrentar uma vida solitária e cheia de contratempos para cumprir sua função de governante e, assim, ser fiel ao Brasil
Dom Pedro II chorou muito no dia em que seu pai abdicou o trono de Imperador do Brasil, mas não de tristeza. Durante o episódio em meados de 1831, o menino tinha apenas seis anos e estava frustrado porque havia sido arrancado de sua cama.
Naquela mesma noite, ele passou a ser o mais novo imperador das terras brasileiras, mas ainda não poderia governar. Três anos mais tarde, Dom Pedro I perdeu a batalha para a cruel tuberculose, deixando seu filho sozinho com todo um império em mãos.
Aos 15 anos, após um luto profundo, Dom Pedro II finalmente foi coroado o novo governante do Brasil Império, no dia 18 de julho de 1841. Mal sabia ele, no entanto, que aquele seria o começo de uma aventura bastante complexa.
Confira 5 fatos sobre a trajetória de D. Pedro II após a morte de seu pai.
1. Educação de ponta
Logo que seu pai partiu para a Europa após a abdicação, Dom Pedro II passou a ser criado por diferentes tutores, já que perdera a mãe com um ano de idade. Assim, ele foi ensinado por funcionários do palácio e por personagens como José Bonifácio.
Diferente dos irmãos, no entanto, ele tinha uma educação voltada para o papel de líder da nação. Dessa forma, ao invés das matérias comuns, os professores do menino o ensinavam a ser justo, educado, honesto, constitucional, pacifista e sempre fiel ao Brasil.
2. Na altura do trono
A trajetória do menino para se tornar um imperador não foi nada fácil e ele teve de se desenvolver rapidamente para assumir o cargo. Com tamanha pressão, portanto, sua inteligência e personalidade adquiriram novas características.
Antes muito tímido e carente, o jovem imperador passou a ser um pouco mais desenvolto e apaixonado por letras e ciências. Em 1837, por exemplo, um relatório do parlamento afirmava que D. Pedro II já sabia falar e escrever em francês, bem como traduzir alguns textos do inglês — o que ilustrava seu rápido desenvolvimento.
3. Melancolia e solidão
Tendo assumido o trono quando ainda era muito jovem, o imperador estava sempre cercado por diplomatas. Assim, não foi difícil para a elite descobrir que, por trás do líder, Dom Pedro II ainda era um garoto triste, que sofria com o tédio do cargo monárquico.
O golpe mais duro da vida do imperador, no entanto, veio já na idade adulta, quando ele passou a procurar por pretendentes para o casamento. Alto e de olhos azuis, ele tinha uma voz fina e aguda, característica que afastava as jovens e o deixava bastante frustrado, segundo escreveu o jornalista Laurentino Gomes, em seu livro 1889.
4. Amor e família
Após longas procuras por uma esposa que estivesse à altura da nobreza, o jovem que temia ter a mesma fama de garanhão do pai finalmente encontrou Teresa Cristina. Logo que a conheceu, contudo, ficou insatisfeito com a aparência da dama. Apesar da experiência inicial, ele acabou caindo em amores pela mulher, com quem teve quatro filhos.
5. Brasil de ouro
Se a vida familiar, de certa forma, era um martírio na vida de Dom Pedro II, seu desempenho como imperador era sua salvação. Tendo assumido um país em ruínas, o garoto, que logo se tornou um líder notório, entregou um Brasil em ascensão após 49 anos de governo — que foram seguidos pelo fim da monarquia.
Em dezembro de 1891, após a morte do imperador, o The New York Times publicou o obituário de Dom Pedro II, afirmando que o nobre “foi o mais ilustrado monarca do século” — é importante lembrar, no entanto, que, assim como no governo do pai, Dom Pedro II também foi responsável pela restauração estrutural do escravismo.
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