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Curiosidades / Grécia Antiga

Os deuses gregos eram gays?

Há duas formas de se responder isso, cada uma com seu ponto de vista

Redação Publicado em 15/09/2019, às 10h00

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Estátua de Júpiter - nome romano para Zeus - Reprodução
Estátua de Júpiter - nome romano para Zeus - Reprodução

Há duas formas de responder a essa pergunta. A primeira é: não. Não havia a ideia de Gay, uma identidade sexual exclusivamente homossexual e de nascença, na Grécia e Roma antigas. Era esperado dos homens gregos que eles tivessem relações homossexuais, mas também era uma obrigação que se casassem e tivessem filhos. O que hoje em dia chamamos de bissexualidade para eles era considerado o padrão, o corriqueiro. 

Agora, se a pergunta é apenas se os deuses tinham relações homossexuais, num sentido mais amplo da palavra "gay" hoje em dia... Aí a resposta é: ô se eram gays!

Senhor supremo do Olimpo, o próprio Zeus é o responsável por um mito que ilustra direitinho o amor pederástico, homem adulto com adolescente. Embevecido com a beleza exuberante do jovem príncipe troiano Ganimedes, Zeus tomou a forma de uma águia e sequestrou-o, levando-o para junto de si, para ser “copeiro” dos deuses.

Sua intenção não era nada boa desde o início: essa espécie de garçom dos banquetes servia aos convivas não apenas a comida propriamente dita. Como era de praxe na sociedade grega, jovens escravos podiam satisfazer outro tipo de apetite.

Um segundo episódio envolve o famoso Hércules, aquele dos 12 trabalhos, filho do adultério entre Zeus e a mortal Alcmena. Alguém que, não há a menor dúvida, era visto como um exemplo máximo da masculinidade entre os gregos. Um semideus que foi alçado ao Olimpo por sua força, senso de justiça e coragem – e era considerado insaciável sexualmente.

Conta a lenda que Hércules teria deflorado 50 virgens em apenas uma noite e que tinha 14 amantes masculinos. O mais notório era seu próprio sobrinho, Iolau.

E por aí vai. Há referências na Ilíada ao caso amoroso entre o mitológico herói Aquiles, filho de um humano com uma ninfa, e Pátroclo. Durante a Guerra de Tróia, Aquiles teria ficado tão furioso com a morte do companheiro que não sossegou até matar Heitor, filho do rei de Troia, e arrastar seu corpo para fora da cidade. 

Hoje, a diversidade sexual entre os deuses gregos quase sempre e suprimida em filmes e - ainda bem - desenhos animados. Mas se houvesse cinema na Grécia antiga, ninguém iria achar nada de mais nessas cenas. Porque os deuses de cada povo costumam concordar com seus costumes.