Um estudo feito em 2015 trouxe novidades sobre a participação delas em expedições dos antigos guerreiros
A imagem de filmes e séries que mostram mulheres e crianças nórdicas se despedindo de pais e maridos guerreiros, que viajavam em busca de novas terras e pilhagens, não faz sentido, de acordo com pesquisadores suecos e noruegueses num estudo publicado em 2015.
Durante as longas viagens vikings entre os séculos 8 e 11, elas estavam nos barcos. Uma pesquisa publicada na revista Philosophical Transactions com base no DNA mitocondrial (só transmitido pelas mães) revelou que elas embarcaram rumo a Inglaterra, Irlanda, Islândia e pequenas ilhas, como Orkney e Shetlands.
“A pesquisa apoia a visão de que um significativo grupo de mulheres estava envolvido na colonização”, afirmou na época Erika Hagelberg, da Universidade de Oslo, que participou do estudo. “Isso põe fim à ideia de que as viagens só envolviam estupros e pilhagens.”
Os pesquisadores estudaram dezenas de esqueletos entre 950 e 1.200 anos de idade. Compararam o DNA mitocondrial nórdico antigo com 5 mil amostras de indivíduos modernos da Noruega, Grã-Bretanha, Islândia e outros países europeus.
O resultado mostrou que o DNA materno dos vikings era muito próximo ao de moradores atuais da Islândia, das Orkney e Shetlands – ilhas isoladas do Atlântico
Norte. “Mostramos que eles trouxeram as mulheres para colonizar a Islândia e outras áreas”, disse a pesquisadora Maja Krzewinska.
Teorias mais antigas afirmavam que os vikings se fizeram ao mar em busca de mulheres, raras em suas terras originais, e que usaram garotas gaélicas para colonizar a Islândia.