Lançado em 1993 e estrelado por Tom Hanks, Filadélfia se tornou um dos filmes mais famosos de Hollywood; entenda o debate
Lançado em 1993, o filme "Filadélfia" é um dos mais memoráveis da carreira extensa de Tom Hanks. Por seu empenho no longa, ele recebeu seu primeiro Oscar ao disputar a categoria de melhor ator.
Na história, Hanks vive Andrew Beckett, um homossexual que encara o preconceito ao contrair Aids. Parte de uma firma de advocacia, ele acaba demitido quando um sócio nota uma lesão presente em sua testa, que, nos anos 1980 e começo dos 90, era um sinal da doença. Seu desligamento foi justificado como o caso de um 'funcionário negligente'. Assim, ele decide processar a companhia.
O papel foi importante para alavancar a carreira de Hanks, no entanto, o ator compartilha uma visão diferente atualmente. Em 2022, durante entrevista ao New York Times, o astro disse que, hoje, um homem heterossexual não poderia fazer o filme.
Hoje, se Beckett fosse interpretado por um homem hétero, não seria autêntico, argumentou o ator.
"Um homem heterossexual poderia fazer hoje o que eu fiz? Não, e com razão", destacou ele. "O objetivo de Filadélfia era não ter medo. Uma das razões pelas quais as pessoas não estavam com medo desse filme era porque eu estava interpretando um homem gay".
Para o ator de "Náufrago", o debate hoje é diferente do passado. "Estamos além disso agora, e acho que as pessoas não aceitariam a inautenticidade de um heterossexual interpretando um homem gay".