Segundo documentarista, o Führer gostava do dinheiro tanto pelo luxo que trazia quanto pela lealdade que comprava
A Segunda Guerra Mundial foi o conflito mais caro jamais levado a cabo em toda a história. Simplesmente aumentar os impostos sobre os alemães ricos não seria suficiente para conservar o bom estado do Exército alemão. Então, de onde saiu o dinheiro para que o Reich mantivesse sua sede de sangue?
A única maneira de manter a máquina de guerra alemã lubrificada e sustentar os benefícios sociais oferecidos, sobretudo aos arianos mais pobres, era saquear e explorar de forma predatória os recursos dos inimigos.
Começou com o confisco de bens dos judeus na Alemanha, depois passou à exploração de seu trabalho em regime de escravidão e prosseguiu com a pilhagem dos países invadidos durante todo o período que a guerra abrangeu.
O partido nazista do ditador alemão Adolf Hitler "trabalhou ativamente para destruir os judeus da Europa financeiramente" e quase um terço do esforço de guerra alemão foi pago com dinheiro roubado dos judeus, apontou um estudo feito pelo Ministério das Fianças alemão, que contou com a comissão de diversos historiadores.
Os especialistas descobriram que os oficias do Reich roubaram cerca de 120 bilhões de reichsmarks [o equivalente a 20 bilhões de dólares] por meio de leis rigorosas de confisco. O professor de história da Universidade de Colônia, Hans-Peter Ullmann, disse que os nazistas "trabalharam ativamente para destruir os judeus financeiramente".
Segundo o docente, “numa estimativa conservadora, o dinheiro deles financiou pelo menos 30% do esforço de guerra alemão". Ullmann sugeriu que o papel do Ministério das Finanças não havia sido examinado pela Alemanha tanto quanto outros fatores relacionados à era nazista.
"O que ficou oculto por trás dessa imagem foi a contribuição indispensável feita pelo Ministério das Finanças do Reich para o funcionamento, a estabilidade e as políticas criminais do regime nazista", explicou. O relatório também sugere que os detentores de títulos da dívida alemã estavam cientes de que seu dinheiro estava sendo usado para promover os objetivos dos nazistas.
As leis tributárias discriminaram os judeus desde 1934, enquanto alguns que conseguiram deixar a Alemanha antes do Holocausto tiveram grande parte de sua riqueza confiscada através de um "imposto de saída".
As autoridades nazistas apreenderam e venderam a propriedade de judeus que fugiram ou foram enviados para os campos da morte, tanto na Alemanha quanto nas nações que os nazistas ocuparam durante a Segunda Guerra Mundial.
Prazer pelo dinheiro
De acordo com o documentário Hitler’s Money, do jornalista Ingo Helm, o Fuhrer gostava de dinheiro tanto pelo luxo que ele comprava, quanto pela lealdade que assegurava. Assim, o ditador acumulou muitos milhões.
Abstendo sua imagem pública, o nazista gostava de viver grandiosamente. “Hitler se via como um gênio não reconhecido e, para mudar essa situação, estava muito interessado em poder, dinheiro e avanço social”, disse o jornalista em entrevista ao NY Times. “Tudo isso foi bálsamo para a alma torturada do gênio não reconhecido”.
O próprio Hitler descreveu detalhadamente a pobreza e as dificuldades pelas quais passou como um artista que lutava para ser reconhecido em Viena antes da Primeira Guerra — sua miséria era motivo de profundo constrangimento para o Fuhrer.
Em “Mein Kampf”, o qual lhe rendeu boas cifras, o ditador enfatiza a dura luta pela existência dos “iniciantes” que haviam subido “por seus próprios esforços — de sua posição anterior na vida para uma posição superior [que] mata toda a piedade e destrói o sentimento de empatia pela miséria daqueles que ficaram para trás”.
De acordo com Helm, o alemão ganhou de 7.8 milhões de reichmarks só de direitos autorais por sua obra. O nazista também teria se beneficiado das inúmeras contribuições realizadas por empresários e grandes empresas.
Quando se tornou chanceler, em 1933, Adolf teria recebido 700 milhões de reichsmarks de empresas. “Quando estava no poder, os grandes negócios eram oportunistas”, contribuindo com grandes somas para o que era conhecido como “A doação para Adolf Hitler da Indústria Alemã”.
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