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Curiosidades / Olimpíadas 2024

De campanha a atleta condenado: Confira as polêmicas em torno das Olimpíadas 2024

Com data de início marcada para esta sexta-feira, 26, as Olimpíadas de 2024 em Paris já acumulam diversas polêmicas

Luiza Lopes Publicado em 24/07/2024, às 12h02

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Bella Hadid, Shoko Miyata, Steven van de Velde e os uniformes do Brasil foram alvos de controvérsias - Divulgação/Adidas; Getty Images; Getty Images; Reprodução/Redes Sociais
Bella Hadid, Shoko Miyata, Steven van de Velde e os uniformes do Brasil foram alvos de controvérsias - Divulgação/Adidas; Getty Images; Getty Images; Reprodução/Redes Sociais

Com início marcado para esta sexta-feira, 26, as Olimpíadas de 2024 em Paris já acumulam diversas polêmicas.

Desde campanhas publicitárias problemáticas até a participação de atletas com passados conturbados, a preparação para o evento tem gerado controvérsias. Confira, a seguir, 4 polêmicas que marcaram os dias que antecedem a cerimônia de abertura.

Uniformes

Considerado simples, comum e até mesmo conservador, o uniforme do Brasil para a cerimônia de abertura, feito pela Riachuelo, foi alvo de críticas. 

Patrocinadora do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e marca oficial do time Brasil, a Riachuelo defende que os uniformes destacam a fauna e flora do país, ilustrando a força da biodiversidade brasileira.

A marca também ressalta que as camisetas apresentam cores da bandeira nacional (verde, azul e amarelo) e as jaquetas jeans, parte do uniforme, foram bordadas por artesãs de Timbaúba dos Batistas, no Rio Grande do Norte.

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Uniforme do Brasil para a cerimônia de abertura / Crédito: Divulgação/COB

Cláudia Vicentini, professora doutora de Têxtil e Moda na Each (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), campus USP Leste, disse à Folha de S.Paulo que, apesar dos uniformes trazerem signos importantes para o país, houve um choque entre a expectativa do público sobre as roupas e os trajes em si.

 As pessoas acharam que, esteticamente, ele não faz jus ao que nós temos para oferecer. É uma cerimônia de jogos olímpicos, então, algo relativo ao esporte, ao desempenho dos atletas. Aí já está embutido um valor social a respeito dessa performance que se espera dos atletas. E a expectativa é de que eles se saiam muito bem, e ela deveria estar, de alguma maneira, figurativizada nas roupas, no vestuário que fosse escolhido para participar da cerimônia", disse ao jornal.

Para a professora, é impossível criar um traje comercial para o grande público que também seja apropriado para uma cerimônia especial.

"Ou você faz uma conexão para o consumo informal ou você faz uma conexão com uma festa. As duas coisas não funcionam muito bem juntas. É porque uma tem uma proposta, a outra tem outra", pontuou.

Bella Hadid e Adidas

A modelo Bella Hadid foi retirada da campanha do tênis Adidas SL72 após reações negativas de grupos pró-Israel, devido ao seu apoio aos direitos palestinos.

A campanha promovia o Adidas SL72, uma réplica do calçado usado nas Olimpíadas de Munique de 1972.

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Modelo Bella Haddid em campanha para tênis da Adidas / Crédito: Adidas/Divulgação

A Adidas interrompeu a campanha, citando a sensibilidade dos trágicos eventos de 1972, quando a organização palestina 'Setembro Negro' invadiu a Vila Olímpica, resultando na morte de dois atletas israelenses e no sequestro de outros nove. No final, todos foram executados.

A marca também emitiu um pedido público de desculpas, reconhecendo as conexões não intencionais com a tragédia de Munique e pedindo desculpas ao público e aos colaboradores da campanha, incluindo Bella Hadid.

Continuam sendo feitas conexões com a terrível tragédia que ocorreu nas Olimpíadas de Munique devido à nossa recente campanha SL72. Essas conexões não são intencionais e pedimos desculpas por qualquer transtorno ou sofrimento causado às comunidades ao redor do mundo. Cometemos um erro involuntário. Também pedimos desculpas aos nossos parceiros, Bella Hadid, A$ap Nast, Jules Koundé e outros, por qualquer impacto negativo sobre eles e estamos revisando a campanha”, afirmou em comunicado.

Violação das regras de comportamento

A atleta Shoko Miyata, capitã da equipe japonesa de ginástica artística dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, foi excluída do evento após ser flagrada fumando e consumindo bebidas alcoólicas, conforme anunciou a federação japonesa.

Aos 19 anos, Miyata, medalhista de bronze no Mundial de 2022, foi afastada da concentração em Mônaco e retornou ao Japão por violar as regras de comportamento.

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Atleta japonesa Shoko Miyata / Crédito: Getty Images

“Após a sua confissão e depois de conversas entre todas as partes, foi decidido que ela está se retirando dos Jogos Olímpicos“, declarou o secretário-geral da federação de ginástica, Kenji Nishimura, à imprensa em Tóquio.

Nishimura informou que Miyata foi vista fumando no final de junho e início de julho e também consumiu álcool em uma sala do centro nacional de treinamento do Japão, onde fumar e beber são proibidos antes dos 20 anos.

Condenação por estupro

O jogador de vôlei de praia Steven van de Velde vai ficar em um quarto isolado durante os Jogos Olímpicos de Paris-2024, conforme informado pelo Comitê Olímpico Holandês.

Em 2014, o atleta tinha 19 anos quando conheceu uma estudante de 12 anos na internet. Ele foi até o Reino Unido e forçou a jovem a ter relações sexuais.

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Jogador de volêi de praia Steven van de Velde / Crédito: Getty Images

Van de Velde foi condenado a quatro anos de prisão em 2016 por estupro, e já cumpriu a pena imposta pela Justiça.

Segundo o Comitê Olímpico Holandês, a medida tem como objetivo "garantir um ambiente esportivo seguro para todos os participantes olímpicos".

Além disso, Van de Velde não vai ter contato com outros membros da delegação holandesa e nem concederá entrevistas durante o evento. O comitê afirmou que as medidas foram um pedido do próprio atleta.

O Comitê Olímpico Holandês decidiu implementar essas medidas após uma estreita consulta com o atleta e seus companheiros de equipe. Van de Velde sempre foi transparente sobre o caso, ao qual se refere como o maior de sua vida. Ele lamenta profundamente as consequências de suas ações para os envolvidos. Ele foi aberto sobre a transformação pessoal que sofreu como resultado”, diz a nota.