Peça de Martins Pena registrou a expressão
Quando alguém elogia exageradamente determinada pessoa, é comum dizer que esse alguém está rasgando seda para o sujeito. De acordo com especialistas, o termo “rasgar seda” foi registrado pela primeira vez em uma das peças do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena (1815-1848), considerado o fundador da comédia de costumes no Brasil.
Na tal peça sem título, um vendedor de tecidos vai à casa de uma moça para cortejá-la e, como pretexto, diz que foi até lá para lhe oferecer mercadorias “apenas pelo prazer de ser humilde escravo de uma pessoa tão bela”. A moça, percebendo a intenção, retruca: “Não rasgue a seda, que se esfiapa”.