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As primeiras monarquias

As primeiras monarquias

01/11/2005 00h00 Publicado em 01/11/2005, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
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Nesse período, as primeiras nações-estado começaram a tomar forma em países como França, Inglaterra, Espanha e Portugal. Mas o processo se prolongou por séculos, numa luta entre a autoridade real, a aristocracia feudal e a própria Igreja. Foi o que aconteceu em conflitos como a Guerra das Rosas, na Inglaterra, e a Cruzada Albigense, na França, que ampliou o domínio real ao sul do país. Já os territórios pertencentes ao Sacro Império Romano-Germânico, que se estendiam pelas atuais Alemanha e Itália, se tornaram cada vez mais independentes. Isso depois que os monarcas enfrentaram a Igreja, num conflito que se estendeu por quase 200 anos. A briga começou entre o imperador alemão Henrique IV e o papa Gregório VII. A discussão, chamada de Disputa das Investiduras, era para ver quem tinha o direito de nomear os bispos dentro do Sacro Império. Irritado com a ingerência do papa, Henrique IV enviou em 1075 uma carta a ele, depondo-o do cargo. O sumo pontífice se defendeu, excomungando Henrique IV e tirando-lhe o título de Sacro Imperador Romano. A nobreza alemã, com o pretexto de que não poderia seguir um herege, aproveitou a situação para manter um nível maior de independência. A luta entre os nobres alemães e o papado terminou somente em 1250, quando Frederico II morreu e não deixou herdeiros. O império, assim, ficou em anarquia.

Espanha e Portugal

A monarquia espanhola se materializou com a reconquista dos territórios ibéricos das mãos dos muçulmanos pelos reinos de Navarra, Castela, Leão e Aragão. A Batalha de Las Navas de Tolosa (1212) fez desmoronar o poder islâmico, reduziu os muçulmanos ao reino de Granada e acelerou o processo de união entre Leão e Castela (1230). Portugal só se tornou independente em 1139.

Inglaterra

A monarquia normanda que dominou a Inglaterra depois de 1066 enfrentou turbulências para se fixar no poder. Revoltas internas de servos saxões conviveram com lutas de sucessão e guerras externas contra Escócia, Gales, Irlanda e França. Gales foi conquistado em 1284 por Eduardo I. A Escócia resistiu com William Wallace. E Robert the Bruce repeliu os ingleses na batalha de Bannockburn (1314).

Alemanha

A disputa entre os imperadores germânicos e o papado chegou ao auge com Frederico II (1194-1250) e Gregório IX (1143-1241), que o excomungou três vezes e terminou por declará-lo o Anticristo. Frederico II trabalhou pela unificação germânica. Após sua morte, o império só voltou a conhecer um soberano em 1346, com Carlos IV. Isso fortaleceu os principados independentes e atrasou a unificação alemã até o século 19.

Prússia

Em 1226, a ordem militar e religiosa dos Cavaleiros Teutões foi invocada por soberanos poloneses para expulsar os pagãos eslavos da região do Báltico. Os teutões promoveram um genocídio contra as tribos eslavas nativas. Anos depois, colonos alemães fundaram centenas de vilas na região, enquanto os teutônicos manejavam um estado semi-independente, que durou até o século 14.

França

O processo de solidificação da monarquia francesa foi mais lento. Apenas em 1204, sob o reinado de Felipe Augusto (1180-1223), a França expulsou os nativos da Normandia. Em seguida, a Cruzada Albigense (1209-1229), contra os hereges da região da Provença, estendeu o domínio da coroa ao sul do país. Após 1214, as possessões inglesas na França se limitavam a Gasconha e Bretanha.

Itália

O renascimento da civilização na Europa ocidental começou com a expansão do comércio nas cidades italianas independentes – Veneza, Gênova e Florença – a partir do século 11. Originalmente tributárias do Sacro Império Romano, aos poucos as cidades foram se libertando e passaram a ter autonomia. Eram então governadas pelas autoridades locais (chamadas de signoris).