Havia homossexualismo na mitologia grega?
Sim. Senhor supremo do Olimpo, o próprio Zeus é o responsável por um mito que ilustra direitinho o amor pederástico. Embevecido com a beleza exuberante do jovem príncipe troiano Ganimedes, Zeus tomou a forma de uma águia e seqüestrou-o, levando-o para junto de si, para ser “copeiro” dos deuses. Sua intenção não era nada boa desde o início: essa espécie de garçom dos banquetes servia aos convivas não apenas a comida propriamente dita. Os jovens escravos podiam satisfazer outro tipo de apetite.
Outro episódio mitológico sobre homossexualismo envolve o famoso Hércules, aquele dos 12 trabalhos, filho do adultério entre Zeus e a mortal Alemena (ela era esposa de Anfitrião). O cara era venerado como um deus por sua força, senso de justiça e coragem – e era considerado insaciável sexualmente. Conta a lenda que Hércules teria deflorado 50 virgens em apenas uma noite e que tinha 14 amantes masculinos. O mais notório era seu próprio sobrinho, Iolau.
Além deles, há referências na Ilíada ao caso amoroso entre o mitológico herói Aquiles, filho de um humano com uma ninfa, e Pátroclo. Durante a Guerra de Tróia, Aquiles teria ficado tão furioso com a morte do companheiro que não sossegou até matar Heitor, filho do rei de Tróia, e arrastar seu corpo para fora da cidade.