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E-mail: com fazíamos sem

A comunicação dependia de pombos, estradas e tubos pneumáticos

Juliana Parente Publicado em 09/10/2013, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

Hoje em dia, enviar uma mensagem para alguém que more do outro lado do mundo é uma tarefa que, por e-mail, é imediata. No século 4 a.C., no Império Romano, a troca de cartas entre duas cidades levava pelo menos três dias. A comunicação, hoje possibilitada por cabos e fibras ópticas, era feita, naquela época, por mensageiros que seguiam a pé ou a cavalo por estradas de pedra ou terra.

Cerca de 90 mil quilômetros de estradas terrestres foram abertas no auge do Império Romano. As vias serviam também para a circulação de mercadorias e dos exércitos. O Estado ainda contava com um órgão parecido com os correios de hoje em dia, o cursus publicus, que era de uso exclusivo do governo.

Da estrada de terra, as missivas seguiram pela água. A partir do século 13, os venezianos passaram a fazer as mensagens para países diferentes viajar de navio. Elas demoravam até quatro meses para chegar a seu destino final.

As cartas passeiam pelo céu há milhares de anos. O leva-e-traz era, a princípio, missão dos pombos-correios, usados desde o reinado de Ramsés II (1290-1248 a.C). Eles ganharam destaque atuando como informantes nas guerras mundiais. Segundo o engenheiro Marcio Mattos, presidente da Federação Brasileira de Columbofilia, mais de 100 mil aves trabalharam em cada um dos conflitos. No mesmo século, a aviação postal revolucionou a comunicação. "Na década de 1930, foram emitidos no Brasil cerca de 65 selos comemorativos, com tiragem média de 1,3 milhão cada um. Isso sem contar as cartas postadas com selos regulares, cujo volume não se pode estimar", diz Rubem Porto Jr., diretor cultural do Clube Filatélico do Brasil.

Um antepassado curioso do e-mail é o sistema postal pneumático, criado no fim do século 19 como alternativa ao telégrafo. Enquanto um telegrama demorava um minuto para chegar, era possível receber até dez mensagens no mesmo tempo por meio dos tubos a vácuo, por onde circulavam pacotes com até 30 cartas a 50 km/h. Paris, Nova York e Rio de Janeiro usavam a engenhoca.

A criação das fibras ópticas, no fim dos anos 1970, possibilitou que, hoje, a comunicação entre pessoas que possuam acesso à internet seja instantânea. Segundo Fernando Andrade, diretor da F.A. Consultoria, especialista no assunto, mais de 600 bilhões de e-mails são enviados todos os anos no mundo inteiro.