Estados Unidos não abrem mão de instalar sua defesa antimíssil no leste europeu
Os Estados Unidos pretendem dar prosseguimento a seu plano de construir um escudo de defesa antimíssil no Leste Europeu, que inclui um sistema de radares na República Tcheca e uma bateria de interceptadores na Polônia, apesar da oposição da Rússia e da declarada preocupação de membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O projeto de 3,5 bilhões de dólares teria como principal objetivo proteger os americanos de ataques de nações como a Coréia do Norte e o Irã. O equipamento, de acordo com informações do Pentágono, permitiria atingir um míssil em um intervalo de dois a 12 minutos.
Eric Edelman, subsecretário americano de Política da Defesa, afirmou que os Estados Unidos e a Rússia têm discutido meios de cooperação no projeto, mas que, se as negociações falharem, os americanos não permitirão que os russos “determinem as ações bilaterais que adotamos com outros países”. Autoridades do Pentágono estimam que, até 2015, o Irã será capaz de desenvolver um míssil que alcance os Estados Unidos.
Edelman admitiu ter havido problemas com a ação da inteligência antes da Guerra do Iraque e disse que gostaria que a “ameaça iraniana” fosse alvo de ações de investigação mais intensas. Já o ministro alemão da Defesa, Franz Josef, declarou durante encontro entre autoridades dos países-membros da União Européia, em Wiesbaden (Alemanha), que a Otan deveria discutir o desenvolvimento de um projeto similar ao americano.