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Botar a mão no fogo

Botar a mão no fogo

Adriana Lui Publicado em 01/07/2006, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
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Se você anda cada vez mais desconfiado dos políticos e convencido de que não dá pra botar a mão no fogo por nenhum, vai adorar saber de onde vem a expressão. Para o escritor Câmara Cascudo, ela vem da Idade Média e do método que a Inquisição usava para “descobrir” se alguém era culpado. Nada de testemunhas: para provar que não tinha pare com o capeta, o acusado devia segurar pedras ou ferro em brasa na presença do juiz, com as mãos apenas envolvidas em estopa com cera. O calor derretia a cera e as mãos ficavam atadas. Após três dias, a estopa era retirada. Acreditava-se que, se o réu fosse inocente, Deus o protegeria. Se não, sua mão mostraria as queimaduras e o infeliz seria enforcado. A maioria não agüentava a dor e se confessava culpado.