América Aracnídea: a teia da integração latino-americana
AMÉRICA ARACNÍDEA
Ana Luiza Beraba, Civilização Brasileira, 238 págs., R$ 39
Em 1941, o governo de Getúlio Vargas (1882-1954) decidiu apoiar os Estados Unidos contra a Alemanha nazista. A mudança de rumo do Brasil, que até então parecia mais simpático ao regime de Hitler, tinha o objetivo de aproveitar o momento para transformar o país em uma grande potência sul-americana. A parceria, que durou sete anos, contou com uma ferramenta importante: o suplemento "Pensamento da América", publicado no jornal A Manhã para divulgar a cultura dos países vizinhos. Pouco conhecida, essa ação é destrinchada neste trabalho da historiadora carioca.
LEIA UM TRECHO:
"Que ‘Pensamento da América’ fosse, em tão pouco tempo, promovido de página semanal a suplemento mensal (...) era uma vitória de uma iniciativa de risco (...). No entanto, tal suplemento surpreendeu seus ideólogos, conquistou público, rompeu os limites da Segunda Guerra e do governo Vargas (...). Cassiano Ricardo, poeta articulado com as propostas estado-novistas, era o diretor do jornal (...). Complementavam a redação (...) o crítico de arte Manuel Bandeira, e ainda Gilberto Freyre e Cecília Meireles, entre outros."