Pamela Bozanich (à esqu.) e os irmãos Menendez (à dir.) - Reprodução/Vídeo e Divulgação/Netflix
Irmãos Menendez

O que aconteceu com Pamela Bozanich, a promotora do caso dos irmãos Menendez?

Em novo documentário da Netflix sobre os irmãos Menendez, a promotora Pamela Bozanich causou polêmica ao opinar sobre Lyle e Erik

Redação Publicado em 08/10/2024, às 20h30

Pamela Bozanich, antiga Procuradora Adjunta do Distrito de Los Angeles, é uma figura central na história dos irmãos Menendez, cujo julgamento chocou o mundo no início da década de 1990.

Com mais de 35 anos desde que Lyle e Erik Menendez foram condenados pelo assassinato dos pais, José e Kitty Menendez, Bozanich permanece firme em sua convicção de que os irmãos não devem ser libertos.

Bozanich liderou a acusação no primeiro julgamento dos irmãos Menendez, iniciado em 1993. O caso, que resultou em um júri indeciso, destacou-se pela alegação da defesa de que os irmãos agiram em autodefesa após anos de abuso parental.

No entanto, ela argumentou que as alegações de abuso eram fabricadas e que o verdadeiro motivo do crime era a cobiça, visando a fortuna de aproximadamente 14 milhões da família.

Pamela Bozanich em documentário da Netflix - Reprodução/Vídeo

 

"A única razão pela qual estamos fazendo esse especial é por causa do movimento TikTok para libertar os 'Menedi'. Se é assim que vamos julgar os casos agora, por que não fazemos uma enquete? Você apresenta os fatos, todos votam no TikTok e então decidimos quem vai para casa", afirmou ela no documentário da Netflix "O Caso dos Irmãos Menendez". "Suas crenças não são fatos. São apenas crenças. E, a propósito, todos vocês do TikTok, eu estou armada. Temos armas por toda a casa, então não mexam comigo".

A tática

A estratégia de Bozanich no julgamento inicial envolveu descreditar as alegações de abuso apresentadas pela defesa e sustentar que os irmãos Menendez agiram movidos por interesse financeiro.

"Não tive nenhuma reação aos irmãos Menendez. Não houve nenhuma reação visceral", disse ela à Netflix. "Não senti que estava na presença do mau puro... Eles eram como plantas venenosas em vasos. Mas não havia nada neles que eu achasse fascinante, eles eram apenas esses assassinos idiotas".

Ela já destacou que muitos indivíduos que enfrentam abusos não recorrem ao crime, enfatizando a necessidade de responsabilização legal independente das circunstâncias pessoais.

"Estou lhe dizendo agora. Toda essa defesa foi fabricada. Foi feita com arte, mas foi fabricada. E se eu fosse uma pessoa imoral, eu teria fabricado da mesma forma", continuou ela no documentário, além de afirmar que não diria o que pensa sobre Leslie Abramson, advogada de Erik Menendez, sem ser processada. "Eu não vou abrir mão da minha casa", disse ela.

Leslie Abramson ao lado dos irmãos Menendez - Getty Images

 

Apesar da intensa cobertura midiática e das tentativas contínuas dos advogados dos Menendez para reverter as condenações, Bozanich mantém sua opinião sobre o caso. 

Aposentadoria

Com sua licença de advocacia inativa desde 2005, explica a People, ela, hoje aposentada, descreveu o julgamento como um processo extenuante tanto física quanto emocionalmente.

"Eu não ganhei. Certo? Eu não perdi no sentido de que eles não foram para casa. Mas eu não ganhei e isso foi difícil", afirmou a ex-promotora na produção da Netflix. "Fui à TV e disse que não voltaria a julgar este caso. Eu preferiria comer vidro moído por um ano. Foi assim que me senti. Eles não me queriam e eu não os queria."

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