A conferência durou uma semana e foi decisiva para o fim dos conflitos armados
Larissa Lopes, com supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 04/02/2021, às 10h07
Foi com a Conferência de Yalta, que um conjunto de reuniões com duração de uma semana - de 4 a 11 de fevereiro de 1945 - reuniu nomes que marcaram a história do conflito: Franklin Roosevelt, Josef Stalin e Winston Churchill.
Os encontros receberam esse nome, porque tiveram sede na cidade de Yalta, na Crimeia. A localização teria sido uma exigência de Stalin, já que ele estaria com problemas de saúde e não queria atravessar grandes distâncias.
Além dele, Roosevelt também estava com a saúde debilitada, o que teria agravado o quadro e resultado em sua morte três meses depois.
O principal objetivo dos então presidentes das potências - Estados Unidos, União Soviética e Grã-Bretanha - era encerrar a Segunda Guerra Mundial que, naquela fase, massacrava a Alemanha. E, também, determinar a divisão dos territórios europeus no mundo pós-guerra.
Yalta foi a segunda conferência de uma série de três, sendo a primeira em Teerã, Iraque, em novembro de 1943; e a terceira em Potsdam, Alemanha, em julho de 1945 - dois meses depois do fim da guerra.
O tirano da União Soviética desejava uma ampla região do leste europeu - espécie de ‘tampão’ protetivo - para anexar ao domínio soviético. Enquanto Churchill, representante da Grã-Bretanha, defendia a existência de eleições democráticas nos países do leste europeu.
Quanto à divisão, fora decidido quais zonas ficariam sob influência oriental ou ocidental. A União Soviética passou a controlar então a República Tcheca, a Polônia e outros países do leste europeu. Já os Estados Unidos anexaram ao seu território Estônia, Letônia e Lituânia - decisão tomada em Teerã.
Para além, outra discussão presente na conferência foi o futuro da Alemanha, que já estava completamente derrotada. A proposta apresentada foi a divisão do país em três, entre a União Soviética, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha.
Contudo, Churchill e Roosevelt insistiram em incluir a França na divisão. Stalin aceitou, desde que a região francesa fosse retirada da porção estadunidense e inglesa - o que acabou acontecendo.
Também fora sugerida a ação dos países para a desmilitarização, isto é, a suspensão de órgãos militares e uso de armas, e desnazificação da Alemanha, buscando colocar fim ao nazismo.
A Organização das Nações Unidas, fundada só oito meses depois, também foi pauta da reunião entre os presidentes, que pensavam na criação de um órgão desse tipo.
Na conferência, eles decidiram convocar outra oportunidade para discutir o tópico. O que já havia sido resolvido era a entrada da União Soviética nessa organização de paz, a convite de Roosevelt.
Dessa forma, a Conferência de Yalta teve grande papel para definir o futuro não só dos países envolvidos, mas do mundo em geral, já que a Guerra Fria se aproximava.
Com duração de uma semana, as reuniões tiveram fim com Stalin voltando atrás na promessa de permitir que governos democráticos existissem na Europa Oriental, reafirmando assim, a ameaça soviética.
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