Cientista passou a viver a 9 metros abaixo da superfície do mar em uma missão iniciada em 1º de maio. Apesar do recorde, ele quer mais!
Giovanna Gomes Publicado em 05/04/2023, às 17h28 - Atualizado em 15/05/2023, às 12h56
Professor universitário, Joseph Dituri quebrou o recorde de maior tempo vivendo debaixo d'água sem despressurização em um alojamento para mergulhadores. Ele está no local desde o dia 1º de março, ou seja, há 74 dias.
Oficial aposentado da Marinha, o Dr. DeepSea (ou 'doutor do fundo do mar'), como é conhecido, vive a 9 metros abaixo da superfície do mar, em uma cabine de 100 metros quadrados.
Apesar do alojamento parecer pequeno, o homem, de 55 anos, parece não ter maiores problemas com a moradia. Inclusive, Dituri, que é doutor em engenharia biomédica, segue dando aulas online para seus alunos da Universidade do Sul da Flórida (USF).
Durante a experiência, ele ainda realiza pesquisas sobre saúde, ambiente marinho e novas tecnologias; como parte de um estudo sobre como o corpo humano responde à pressão extrema da água no longo prazo.
O projeto tem um custo estimado em US$ 250 mil (cerca de R$ 1,29 milhão), financiado com uma combinação de bolsas e patrocínios de diferentes entidades. Apesar do recorde já quebrado, ele pretende ficar no local até 9 de junho, quando chegará ao seu 100º dia da missão subaquática — justamente apelidada de Projeto Netuno 100.
O professor universitário, que começou a missão em 1º de março, convidou a equipe do DailyMail para um tour virtual por sua 'casa', que embora pequena, conta com área de trabalho, cozinha, banheiro, dois quartos e, claro, uma janela com vista para o mar.
Dituri tem uma TV, um pequeno freezer, um forno de micro-ondas e uma minipiscina — na verdade, um canal por onde ele entra e sai da cabine para mergulhar de vez em quando. Ele dorme em uma cama dupla, sendo que há um quarto de hóspedes para receber os cientistas que o visitam. À fonte, o oficial aposentado disse adorar a experiência.
De acordo com o portal BBC, uma equipe médica composta por dez profissionais monitorará os efeitos físicos e mentais decorrentes do prolongado período subaquático. Eles fazem visitas regulares ao alojamento de Dituri e o submetem a uma série de testes, incluindo exames de sangue, ultrassom e eletrocardiograma, entre outros.
O pesquisador já foi submetido a uma série de testes físicos e psicológicos em preparação para o desafio e continuará a ser monitorado após o término da temporada para avaliar quaisquer efeitos de longo prazo.
O Dr. DeepSea planeja aprofundar as conclusões de um estudo anterior realizado por pesquisadores da Universidade de Wisconsin, que sugere que a maior pressão do ambiente subaquático pode ter um impacto benéfico na longevidade e na prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento.
Além das pesquisas na área de saúde, o projeto também incluirá testes de novas tecnologias, incluindo uma ferramenta de inteligência artificial para rastrear o corpo humano em busca de doenças e determinar a necessidade de medicação.
O corpo humano nunca esteve embaixo d'água por tanto tempo, então serei monitorado de perto", disse o engenheiro biomédico.
"Esse estudo vai examinar todas as maneiras pelas quais essa jornada pode impactar meu corpo, mas minha hipótese é a de que haverá melhora na minha saúde devido à maior pressão", finalizou.
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