Envolvido na Segunda Guerra Mundial, o visual medieval do castelo de Gwrych chama atenção pelo local isolado há décadas
Wallacy Ferrari Publicado em 04/07/2022, às 19h50
No ano de 1812, um britânico decidiu colocar em prática um sonho antigo para homenagear os antepassados, especificamente da família de sua mãe; Lloyd Hesketh Bamford-Hesketh fez questão de custear um projeto audacioso para reproduzir com fidelidade um castelo com arquitetura medieval europeia, contando com o auxílio de arquitetos e designers.
Dez anos depois, em 1822, a edificação grandiosa estava finalmente pronta, localizada em meio a uma região campestre no norte do País de Gales, contando com impressionantes 250 hectares de jardins e um terreno construído de cair o queixo, com escadarias amplas, numerosos quartos e, especialmente, uma vista panorâmica, se tornando popularmente conhecido como Castelo de Gwrych.
Ainda naquele século, diversas intervenções estenderam o local com mais cômodos e decorações interiores e, mesmo com a morte de Lloyd, o seu filho, Robert, continuou a expandir a construção, construindo uma capela durante a década de 1870.
Tudo parecia bem ao longo dos anos onde a família Bamford-Hesketh ocupou o endereço, contando com uma intervenção inesperada no século seguinte, marcado por conflitos internacionais com ataques bélicos.
Em decorrência da Segunda Guerra Mundial, os proprietários do castelo foram notificados que o local teria de ser evacuado para ser usado durante Operação Kindertransport, que resgatou milhares de crianças judias e as abrigou em endereços britânicos para se manterem a salvo das políticas nazistas e, especificamente, do Holocausto.
A família Bamford-Hesketh se viu obrigada a deixar o local, mas conseguiu realizar as mudanças necessárias a tempo da ocupação forçada. Após o fim da Segunda Guerra, no entanto, não tiveram interesse em se reestabelecer no local, optando por colocar a residência à venda em 1946.
Dois anos depois, o local foi comprado por Leslie Salts, que aproveitou o estilo rústico da construção para torná-lo um local de visitas, o administrando por 20 anos. Ele revendeu o castelo em 1968 para uma empresa especializada em entretenimento, que decorou o castelo com mais itens medievais e unia gincanas com banquetes marcados pelas referências da época.
Contudo, o castelo foi perdendo o interesse popular nos anos seguintes, tendo o prédio fechado ao público em 1985 devido ao declínio comercial, encerrando suas atividades em definitivo no ano de 1987.
Três anos depois, um grupo estadunidense adquiriu o endereço com o intuito de transformá-lo num hotel, sem êxito, visto que, até os dias atuais, o local sofre com os efeitos do tempo e permanece sem manutenção ou vigilância, como informa seu portal.
*Com informações do site da propriedade: gwrychcastle;
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