Quando a compra de um produto é marcada por alto valor, costumamos usar a famosa expressão, contudo, como surgiu?
Izabel Duva Rapoport Publicado em 01/01/2021, às 10h00 - Atualizado em 23/09/2022, às 11h00
Parece história de pescador, mas a origem mais conhecida dessa expressão mostra que esse preço foi pago por alguém: o conquistador espanhol Diego de Almagro (1479-1538), companheiro do general Francisco Pizarro González em sua conquista da América.
Após escutar lendas sobre um povo que comia e bebia em vasilhas de ouro no Novo Mundo, ambos navegaram com suas tropas, em 1524, rumo às terras desconhecidas. A primeira expedição chegou somente até o Equador, porém na segunda tentativa surgiram evidências reais sobre a existência do Império Inca.
Em 1526, saíram do Panamá em dois pequenos barcos, desembarcando na costa da atual Colômbia. Na ocasião, puderam ter o primeiro contato com a riqueza daquele povo, confirmada também mais ao sul, onde foram confrontados por jangadas repletas de guerreiros incas que admitiam a existência de muitas riquezas.
Essas notícias encheram os ouvidos dos reis da Espanha, que buscavam ouro e prata em suas colônias para salvar a economia do país. Assim, os exploradores foram autorizados a conquistar o Peru. E foi aí que a coisa ficou cara para Almagro.
Ao tentar invadir uma fortaleza inca no local, o espanhol perdeu um olho e, depois da disputa, ao apresentar-se ao imperador espanhol Carlos I, teria afirmado: “Defender os interesses da Coroa espanhola me custou um olho da cara”.
O conquistador continuou espalhando seu feito e o custo dele para quem quisesse ouvir. A frase, de tão repetida, chegou aos ouvidos dos soldados – e, deles, foi para a boca do povo.
Se essa história lhe parece cruel o suficiente, há quem diga também que a origem da expressão seja mais antiga e venha do hábito de povos da Mesopotâmia de arrancar os olhos de quem pudesse colocar em risco a estabilidade do governo.
Os assírios, por exemplo, organizavam guerras sangrentas e seus prisioneiros tinham mãos, pés, orelhas e olhos mutilados e arrancados. Com os inimigos cegos e inofensivos, afinal, tudo ficava mais calmo.
Irmãos Menendez: O que aconteceu com o psicólogo de Lyle e Erik?
Conheça Grande Adria, continente perdido há mais de 100 milhões de anos
Irmãos Menendez: Entenda como ex-Menudo pode reacender o caso criminal
Irmãos Menendez: Veja o que aconteceu com Lyle e Erik
Irmãos Menendez: O que você precisa saber antes de assistir à série da Netflix
Irmãos Menendez: entenda a relação entre o crime e o grupo Menudo