A vida de Catarina, a Grande foi marcada por episódios turbulentos e boatos
Redação Publicado em 17/11/2020, às 09h46 - Atualizado em 09/07/2022, às 08h00
O reinado de Catarina, a Grande da Rússia foi tão importante que é constantemente tido como a Era de Ouro do império. Ela expandiu as fronteiras, defendeu as artes e reestruturou leis.
Além disso, permitiu que seu território se tornasse uma potência na política global. Porém, apesar de sua grandiosidade, a história de Catarina é envolta de inúmeros escândalos e boatos, sobre os quais trataremos a seguir.
Nascida Frederica Sofia, a czarina era filha de um nobre prussiano em decadência e, por isso, não tinha muitas chances de ascender ao trono. A situação mudou quando a czarina Isabel a convidou para conhecer seu sobrinho, Pedro III, neto de Pedro, o Grande. A princesa tinha apenas 15 anos e, por não ser uma nobre de alta linhagem, Isabel achava que ela seria mais dócil, uma ótima escolha para o príncipe herdeiro.
Foi nessa época que a princesa mudou seu nome para Yekaterina. Ela também teve de se converter à religião ortodoxa para se casar. No entanto, o casamento com Pedro III não representava uma união agradável, tanto que a nobre decidiu disputar o trono sozinha.
Conforme explica Henri Troyat na biografia da imperatriz: "Catarina sabia que só seria aceita se parecesse russa. Passava noites aprendendo o novo idioma".
No dia 5 de janeiro de 1762, Pedro III se tornou imperador. Neste momento, Catarina se viu ameaçada, uma vez que o marido iria deixá-la para se casar com outra mulher. Assim, junto ao amante Grigori Orlov, deu um golpe de Estado.
Ela prendeu o czar e declarou a si mesma como Catarina II, soberana de todos os russos, no dia 28 de junho daquele ano. Piorando a situação, em 17 de julho, Pedro III foi misteriosamente assassinado.
Ao longo de sua vida, Catarina teve amores, como era de costume na corte imperial russa. Com 23 anos, ela conheceu Sergei Saltikov. Com o tempo, Saltikov se cansou da imperatriz, contudo, muitos outros viriam após ele.
O mais famoso deles e, provavelmente, um dos únicos que ela realmente amou e que acabou por influenciá-la em suas decisões, foi o tenente Gregório Potemkin. Ele era membro do regime de elite da Guarda de Cavalos quando a czarina o conheceu. Ela o encheu de títulos e honrarias durante a vida, estando entre estes, o de príncipe do Sacro Império Romano e o de príncipe do Império Russo.
No dia 16 de novembro de 1796, a rainha se levantou cedo para tomar seu café da manhã. Uma criada, vendo que a Catarina despertara, perguntou-lhe se havia dormido bem. "Já não durmo bem há muito tempo", respondeu a nobre. Estava certa.
Após as 9 horas da manhã, um criado estranhou o silêncio da imperatriz. Logo sentiu que algo estranho estava acontecendo. Ele a encontrou no banheiro tendo espasmos. O médico da corte foi chamado às pressas, mas chegou tarde demais, pois a rainha já havia entrado em coma.
Às 21:45 da noite seguinte, 17 de novembro, Catarina faleceu. Ela tinha 67 anos de idade, dos quais 34 viveu como a imperatriz absoluta. A autópsia determinou que a morte foi causada por um acidente vascular cerebral.
Após sua morte, no entanto, fake news foram espalhados sobre a imperatriz. Um deles dizia que ela havia morrido enquanto tinha relações sexuais com um cavalo, o que não passa de uma história inventada, pois não há nenhuma evidência de que realmente tenha ocorrido.
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