O episódio ainda assombra a família da monarca
Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 13/04/2021, às 10h37
Uma grande polêmica envolvendo um rei britânico assombra a família real até os presentes dias. O passado nazista de Edward VIII é controverso, principalmente por suas ligações com Adolf Hitler.
De acordo com uma matéria da BBC Internacional, mesmo antes de sua ascensão ao trono, o Duque de Windsor já demonstrava simpatia pelo regime alemão sendo que, conforme alguns historiadores, o monarca enxergava nos nazistas uma forma de vencer o comunismo.
Tudo ficou ainda mais claro quando Edward VIII realizou uma visita a Hitler na década de 1930.
O ano era 1937 e Edward VIII, o Duque de Windsor, havia acabado de abdicar do trono britânico para se casar com a socialite norte-americana Wallis Simpson. Na época, ambos foram convidados por Adolf Hitler para visitá-lo em seu chalé, localizado na Áustria, assim poderiam tomar chá.
Segundo o The New York Times, antes de servir a bebida "Hitler mostrou a seus convidados o interior e os exteriores da casa. Eles ficaram por algum tempo no terraço observando no horizonte a Áustria, com a cidade de Salzburgo, na fronteira com a Alemanha, encravada entre as montanhas".
A visita durou duas horas e, ao fim, o Führer e o duque se despediram com uma saudação nazista, o que simbolizaria uma aproximação do britânico com a política do chanceler.
Conforme repercutido pela BBC Brasil em reportagem de 2015, anos depois, o duque concedeu uma entrevista à revista americana Liberty, na qual defendeu um acordo de paz entre o Reino Unido e a Alemanha. Além disso, segundo ele, "Hitler era o líder certo e lógico para o povo alemão". Na época Edward se encontrava nas Bahamas, onde exercia o cargo de Governador.
Ao longo dos anos, vários historiadores analisaram o caso, baseando-se em documentos secretos para tentar descobrir se Edward VIII era de fato um nazista ou se tudo não passava de propaganda ideológica de Hitler, como sempre afirmou a família real.
Um dos relatos mais interessantes sobre o tema é o artigo "The Windsor File", publicado em 1997 pelo ex-funcionário do serviço estrangeiro dos EUA, Paul Sweet. Ele, que também é historiador e que teria participado da publicação dos documentos secretos em 1957, diz em seu texto que o ex-monarca tentou esconder sua ligação com o nazismo ao longo dos anos.
Com a divulgação dos documentos, o Palácio de Buckingham emitiu uma nota. "Sua Alteza real nunca afastou sua lealdade da causa britânica" dizia o comunicado da época.
"Os registros alemães são necessariamente uma fonte muito comprometida. As únicas fortes evidências que eles fornecem é sobre o que os alemães estavam tentando fazer a respeito, e de que eles falharam completamente em fazê-lo".
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